Em 2026 os dois senadores do Maranhão eleitos em 2108 na chapa do ex-governador Flávio Dino completam os 08 anos de mandato e ambos devem buscar a reeleição, porém em momentos de popularidade e articulação política distintos.
O senador Weverton Rocha que até bem pouco tempo atrás alardeava que era um nome intocável para o Presidente Lula, agora tem seu nome envolvido num escândalo nacional de proporções negativas gigantescas onde é acusado pela polícia federal de ser o sócio oculto e sustentáculo político nas fraudes do INSS, aquela onde roubavam dinheiro dos aposentados.
O relatório da Policia Federal é contundente e inclui um pedido de prisão preventiva, mas esse foi negado pelo ministro André Mendonça, porém, o ministro indicado por Bolsonaro confiscou o passaporte do senador e o proibiu de sair do país, além de quebrar o sigilo da investigação expondo o senador a um desgaste sem precedentes deixando-o no canto da prateleira do poder em Brasília, a ponto do Ministro dos Transportes Renan Filho negar a sua participação na inauguração da ponte em Estreito no Maranhão, sinal de que nem quer pegar essa catinga que Weverton carrega desde os tempos do Costa Rodrigues.
Na contramão do espólio negativo do “maragato” maranhense está Eliziane Gama, com uma atuação forte em Brasília tem uma atuação parlamentar invejável, foi relatora da CPMI do 8 de janeiro e presidente da comissão de defesa da democracia. Não há como negar a sua conduta ilibada e sem nenhum envolvimento em escândalos durante seu mandato.
Mas nem tudo são flores e a senadora progressista vem pagando um preço caro junto a ala mais radical dos evangélicos. Essa ala que no Maranhão é atrelada a deputada estadual Mical Damasceno que pretende se candidatar ao senado em 2026 e já enxerga Eliziane como adversária.
Essa disputa em particular merece uma observação salutar: enquanto Eliziane sempre se posicionou em defesa e proteção das mulheres, a deputada Mical quis fazer uma sessão solene na assembleia só com macho e com direito a ênfase na tribuna.
O exemplo pode ser tosco, mas segue o mesmo padrão bolsonarento dos ataques proferidos contra Eliziane nas redes sociais.
Mas “cá pra nós” será que é muito difícil para esse pessoal entender e aceitar que uma pessoa pode ser cristã e progressista? Não possuindo elementos plausíveis capazes de atingir a imagem de Eliziane na sua atuação política recorrem a argumentos típicos da extrema direita que não sabem conviver com a democracia.
Mas voltando a preferência do presidente pela reeleição dos senadores maranhenses é preciso ficar atento aos fatos.
De acordo com a declaração recente do governador Carlos Brandão falando que Lula disse a ele que o quer no senado, então um dos dois senadores deve sobrar nessa equação e a julgar pelos últimos movimentos em Brasília, Eliziane Gama está em clara vantagem.
Enquanto a atuação de Weverton em prol da indicação do Messias ao STF foi esvaziada, por outro lado, o decreto do presidente Lula reconhecendo a cultura gospel como manifestação cultural nacional a pedido da senadora maranhense fortaleceu seu nome no meio evangélico em todo o Brasil.
E o senador maranhense ainda deve enfrentar um bombardeio midiático no início de janeiro com a quebra de sigilo das investigações, estão dizendo até que a crise recente dos áudios é café pequeno perto do que vem por aí.
