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Em ano eleitoral, Lula terá agenda internacional reduzida; veja o que está previsto para 2026

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma agenda internacional reduzida em 2026 para se dedicar à agenda interna, com vistas nas eleições presidenciais do fim do ano. Em coletiva com jornalistas na última semana, o mandatário mencionou algumas das viagens que já estão confirmadas. 

“Em janeiro eu vou para a Índia, quero fazer uma mega reunião na Índia com empresários. Depois eu vou para em fevereiro, depois eu vou para a Coreia [do Sul]. Depois eu vou para a Alemanha e aí termina a minha viagem, aí é só no Brasil”, declarou o presidente. “Aí quem quiser saber como é que se ganha uma eleição pode me acompanhar”, completou, em tom de brincadeira.

No entanto, a diplomacia tem outras atividades internacionais no radar, que devem ser confirmadas a depender da temperatura da política interna e das atividades pré-eleitorais. 

Uma das mais aguardadas, é uma possível visita oficial do presidente a Washington (EUA), para a assinatura de um acordo comercial que suspenda todas as tarifas extras aplicadas aos produtos brasileiros. Na avaliação do governo, o encontro pode acontecer a qualquer momento, mas depende do avanço nas negociações entre as equipes técnicas dos dois países, que seguem ocorrendo. 

Também está sendo avaliado o convite feito pelo presidente do Panamá, José Raúl Mulino, para que Lula faça uma visita oficial ao país centro-americano ainda no começo do ano.

Confirmadas mesmo somente três viagens. A primeira delas, entre os dias 19 e 20 de fevereiro, Lula vai à Índia para participar de um evento focado em inteligência artificial e de um fórum com empresário, além de se reunir com o primeiro-ministro Narendra Modi. 

Na sequência, em 23 de fevereiro, o presidente visita a Coreia do Sul. O objetivo central da viagem é negociar a abertura do mercado sul-coreano para a carne brasileira, considerado o último grande mercado ainda não explorado pelo setor.

E em abril, Lula embarca para a Alemanha para participar da abertura da Feira Industrial de Hannover, no dia 19. A feira é um dos maiores eventos de tecnologia industrial do mundo.

Eventos internacionais 

O presidente também deve avaliar sua participação nos fóruns multilaterais previstos para o ano que vem, como o tradicional discurso de abertura dos trabalhos da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre no mês de setembro. 

Em 2010, em meio à campanha para eleger sua sucessora, a ex-presidenta Dilma Rousseff, o presidente Lula não compareceu à reunião em Nova York. 

Veja algumas das cúpulas internacionais previstas para 2026:

  • Março: Posse do novo presidente do Chile, Antonio Kast
  • Junho: Lula deve ser convidado para ir à França para a reunião do G7;
  • Setembro: Abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York;
  • Novembro: G20 nos Estados Unidos, que terá a presidência de Donald Trump, além da Conferência do Clima – COP – na Turquia;
  • Sem data: Cúpula do Brics, na Índia.

Recepção de líderes no Brasil

Além das missões no exterior, o presidente Lula deve receber em Brasília alguns líderes internacionais que já manifestaram interesse em visitar o Brasil, entre eles, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz.

O calendário da diplomacia presidencial de 2026 contrasta com o volume de atividades realizadas em 2025, quando o presidente visitou mais de 20 países e recebeu dezenas de chefes de Estado e governo no Brasil, tanto em visitas bilaterais oficiais, quando para a participação em fóruns multilaterais realizados no país, como a Cúpula do Brics, que ocorreu em julho, no Rio de Janeiro, e a COP 30, em Belém.

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