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EUA reforçam pressão sobre Maduro com sanções a seis navios e três sobrinhos do presidente

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Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira novas sanções financeiras contra três sobrinhos do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusados de manter ligações com o narcotráfico. O Departamento do Tesouro incluiu na sua lista de pessoas sancionadas Efraín Antonio Campo Flores, Francisco Flores de Freitas e Carlos Erik Malpica Flores, todos eles familiares da primeira-dama, Cilia Flores.

Essas medidas fazem parte de um novo pacote de sanções do governo de Donald Trump que também atinge o setor petrolífero venezuelano. Inclui um empresário e seis empresas de navegação, bem como o bloqueio de seis navios ligados a essas empresas.

O terceiro sancionado, Malpica Flores, foi vice-presidente da petrolífera estatal PDVSA. Ele havia sido sancionado em 2017, embora o governo Biden tenha suspendido essas restrições em 2022 para facilitar um acordo com Maduro com vistas à realização de eleições democráticas.

A lista de sancionados também inclui o empresário panamenho Ramón Carretero Napolitano, acusado por Washington de participar em “contratos lucrativos” com o governo venezuelano.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que estas medidas visam reverter “a tentativa fracassada da administração Biden de chegar a um acordo com Maduro que permitiu o seu controlo ditatorial”. O Departamento de Estado acrescentou que os sancionados apoiam “o regime corrupto e ilegítimo de Maduro na Venezuela”.

Sanções aos petroleiros

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira um novo pacote de sanções contra a Venezuela, dirigido a seis petroleiros e às companhias marítimas ligadas a eles, como parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.

A medida coincide com o recente envio de tropas americanas para o mar das Caraíbas. Na quarta-feira, 10 de dezembro, Donald Trump informou que os Estados Unidos tinham apreendido um petroleiro sancionado perto da costa venezuelana.

De acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro, as sanções atingem seis empresas que transportavam petróleo venezuelano, bem como seis navios associados, de acordo com informações divulgadas pela agência Reuters.

Quatro dos petroleiros, entre eles o H. Constance, construído em 2002, e o Lattafa, lançado em 2003, operam sob bandeira panamenha, enquanto os outros dois o fazem sob os registos das Ilhas Cook e Hong Kong.

Trata-se de superpetroleiros que recentemente carregaram petróleo bruto em portos venezuelanos, de acordo com documentos internos de transporte da Petróleos de Venezuela S. A. O Ministério das Comunicações, responsável por responder à imprensa em nome do governo venezuelano, não atendeu imediatamente aos pedidos de comentários.

A apreensão de quarta-feira representa a primeira cassação de um carregamento de petróleo venezuelano desde que as sanções dos EUA entraram em vigor em 2019, e também a primeira ação conhecida da administração Trump contra um petroleiro ligado ao país após ordenar um aumento militar significativo na região, aponta a Reuters.

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