Camargo explicou que os efeitos das tarifas variaram conforme o tipo de castanha. A castanha do Brasil, por exemplo, já vinha com queda de produção por causa da seca, e não tem no mercado americano seu principal destino A redução chegou a 70% em algumas áreas. Outras variedades, porém, dependem fortemente dos EUA, caso da macadâmia e da castanha de caju.
– Para essas, o mercado americano é essencial. Tem produtor no Espírito Santo que exportava 100% da macadâmia para os Estados Unidos. Para ele, o golpe foi muito duro. Então, essa revogação das tarifas enche de esperança para o ano que vem.
A suspensão das tarifas deve destravar pedidos represados e reativar contratos, segundo o presidente da associação.
-Existe tradição de venda para os Estados Unidos, e isso volta quase imediatamente. Mas a recomposição plena da oferta depende do clima. A gente entra no ano que vem com estoque baixo e uma produção muito afetada pela seca. A esperança está nas chuvas deste ano.
Mesmo com a reabertura do mercado americano, destaca que os exportadores seguirão tentando diversificar destinos, esforço iniciado durante o período de tarifas.
