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- Contexto: Como falo sobre sexo e sexualidade com crianças e adolescentes?
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‘Falar sobre sexo com crianças não erotiza’
Por Caroline Arcari, autora de “Gogô: De onde vêm os bebês”
“Muitos adultos ainda têm medo de que falar sobre sexo com crianças possa erotizá-las, mas as pesquisas mostram o contrário. Saber sobre a relação sexual não erotiza. O que erotiza é o silêncio, que leva a ideias distorcidas e acesso acidental ou intencional à pornografia na tentativa de buscar respostas. Estudos da Organização Mundial da Saúde comprovam que pessoas que recebem educação sexual de qualidade na infância iniciaram a vida sexual na adolescência mais tarde e com mais responsabilidade. Quanto menos informação, mais cedo e de forma menos consciente essa vivência costuma acontecer.
A educação sexual protege, porque faz parte da construção da identidade e da autonomia. A criança precisa saber como veio ao mundo, sem histórias distorcidas. Falar sobre penetração e relação sexual é uma informação biológica, não erótica.
Quando o tema é bem conduzido e apresentado com ilustrações adequadas à idade, a criança compreende de onde veio e também aprende que se trata de uma atividade de adultos, que envolve intimidade, consentimento e maturidade e, portanto, nenhum adulto pode ter contatos íntimos com uma criança”.
Especialistas indicam 5 livros para abordar o tema em casa:
Ler juntos publicações que tratam de educação sexual pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado mútuo. É importante que os responsáveis leiam as publicações antes, para refletirem se são adequados para suas crianças e como abordar os temas presentes neles.
Para crianças a partir de 4 anos:
“Meu corpo ninguém toca” (Kennya Gralha)
“Meu corpo, meu corpinho!” (Roseli Mendonça)
Para crianças a partir de 6 anos:
“Gogô: De onde vêm os bebês” (Caroline Arcari)
“Soltando os grilos” (Cida Lopes)
“Como falar sobre sexualidade com as crianças” (Leiliane Rocha)
