O cenário político maranhense revela um contraste marcante no posicionamento dos pré-candidatos ao governo do estado em relação aos recentes atos golpistas. Pela segunda vez em pouco tempo, o pré-candidato Felipe Camarão foi a figura isolada do campo eleitoral a comparecer e a se manifestar publicamente em uma manifestação contra iniciativas que buscam flexibilizar punições a envolvidos nos episódios antidemocráticos de 8 de janeiro.
A manifestação, ocorrida neste domingo (14) e organizada por movimentos sociais e entidades sindicais, tinha como pauta central a defesa da democracia e a rejeição a qualquer tipo de anistia. A presença de Camarão no evento, onde discursou contra os projetos em tramitação no Congresso, serviu para acentuar a ausência e o silêncio dos demais nomes que também disputam o Palácio dos Leões.
Enquanto isso, a imagem pública de Felipe Camarão passa a ser progressivamente associada à defesa intransigente da democracia, uma bandeira que ele tem erguido não apenas nesses atos, mas em suas aparições e redes sociais. O risco para os concorrentes é parecerem omissos ou indecisos em um debate que mobiliza setores significativos da sociedade civil e de parte do eleitorado. O silêncio, nesta conjuntura, também é uma forma de comunicação política.
