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Festival dos Povos da Floresta transforma Macapá em centro da cultura amazônica

by admin

O Festival dos Povos da Floresta desembarca em Macapá (AP), com a Exposição Juvia a partir de 18 de dezembro e os shows nos dias 20 e 21 de dezembro, dando continuidade a seu percurso nacional que vem reforçando a Amazônia como um território de criação contemporânea, inovação estética e potência cultural. A iniciativa, multidisciplinar e de acesso gratuito, propõe deslocar o olhar do Brasil sobre a região — de um imaginário centrado em recursos naturais para a compreensão da floresta como fonte viva de arte, pensamento e identidade. 

“O festival representa uma mudança de paradigma na forma como o Brasil enxerga a produção cultural amazônica. Não tratamos apenas de preservar tradições, mas de revelar um movimento vibrante e conectado às urgências do nosso tempo”, afirma Fabiana Gomes, diretora de projetos do Centro Rioterra, idealizador do evento.

Exposição Juvia – arte, memória e imagens da floresta

A programação em Macapá integra também a Exposição Juvia, que apresenta uma leitura plural e sensível sobre os povos da floresta. Além de obras do Acervo Rioterra, instituição que também celebra 25 anos de existência com este projeto, a mostra reúne trabalhos selecionados via chamamento público e de artistas convidados, como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR). Para a curadora Rosely Nakagawa, a exposição amplia o diálogo entre a Amazônia e o restante do país: “A proposta integra inovação e saberes ancestrais, valorizando a pluralidade amazônica por meio da arte e das experiências vividas por seus povos.”

Programação musical

Com a curadoria de Aline Moraes, a programação musical do Festival dos Povos da Floresta em Macapá começa na sexta-feira, 20 de dezembro, com a noite de abertura no Palco Petrobras. Quem inicia as apresentações é o Grupo Raízes do Bolão, seguido pela potência vocal de Oneide Bastos. Na sequência, o Grupo Senzalas ocupa o palco com suas referências afro-amazônicas, abrindo caminho para o encontro entre Nilson Chaves e Brenda Melo. Logo depois, o coletivo Afrocuriaú leva ao público a força de suas tradições, preparando o terreno para o grande encerramento da noite: Dona Onete, que finaliza a primeira jornada do festival com seu inconfundível carimbó chamegado. 

No sábado, 21 de dezembro, o Palco Petrobras se transforma em um espaço de encontros e experimentações amazônicas. A programação tem início com a apresentação do Povo Arara, trazendo expressões e sonoridades indígenas ao centro da cena. Em seguida, acontece o aguardado encontro inédito entre Zé Miguel e Euterpe, criado especialmente para esta edição. A noite segue com Fineias Neluty ao lado de Pretogonista e Yanna MC, unindo ritmos urbanos e identidades amazônicas. Depois, Patrícia Bastos se apresenta com as participações especiais de Aila e Gabriê, formando um mosaico de vozes e influências regionais. Para fechar a etapa do festival em Macapá, Juliana Linhares sobe ao palco e encerra a programação musical com sua presença marcante e repertório contemporâneo.

“Este é um projeto semente. Ao pensar nesta curadoria, meu desejo foi provocar encontros e criar pontes, revelando toda a potência musical dessa terra em suas múltiplas vertentes”, destaca Aline Moraes.

Oficinas

A programação formativa do festival reúne oficinas de vídeo e fotografia com celular, rodas de conversa que abordam temas como território, arte, ancestralidade e identidade, além de encontros que promovem a troca entre mestres da cultura popular, artistas indígenas e coletivos amazônicos. A proposta é criar um circuito contínuo de vivência cultural que estimule a formação de público e fortaleça o protagonismo amazônico em suas múltiplas linguagens.

Interlocução nacional e protagonismo indígena

Após as edições em Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR) e agora em Macapá (AP), o festival segue para Belém (PA) e Brasília (DF) — onde encerra o circuito no início de 2026.  A cada cidade, o projeto promove intercâmbios culturais, diálogo entre territórios e visibilidade para as expressões dos povos da floresta. 

O Festival dos Povos da Floresta é idealizado pela Rioterra e apresentado pela Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal. Com programação gratuita e acessível, o projeto reforça a centralidade da Amazônia na construção da identidade cultural brasileira.

Programação 

Entrada gratuita e acessível para todos os públicos

18 de dezembro de 2025

Local: CEP Cândido Portinari

  • 18h30 — Abertura da Exposição de Artes Visuais, Mostra de Curtas-metragens e da Feira de Economia Criativa.
  • 19h — Cerimônia Oficial de Abertura
  • 19h15 — Roda de Conversa com Artistas Convidados
  • 20h — Coquetel
  • 20h30 — Visita Guiada à Exposição 

20 de dezembro de 2025

Local: Píer do Santa Inês

  • DJ local
  • Grupo Raízes do Bolão, Afro Criaú e Oneide Bastos
  • -Senzalas
  • Nilson Chaves e Brenda Melo coinvidam Allan Gomes e Dona Onete

21 de dezembro de 2025

Local: Píer do Santa Inês 

  • DJ Carol Tucuju
  • Povo Arara
  • Zé Miguel e Euterpe
  • Fineias Nelluty e Pretogonista
  • Patrícia Bastos e Marrecos Land convidam Aíla e Gabriê
  • Juliana Linhares

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Créditos

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