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Filme de Bolsonaro é uma ´facada´ nos cofres públicos

by admin

Uma mistura da clássica pornochanchada brasileira com filme de horror tipo B.

A definição é de um profissional de cinema que fez um trabalho pontual no set. Ele acredita que pode até virar uma obra “cult”, pelo que pode trazer em matéria de desastre estético.

Muito antes de ir às telas, bastou uma cena revelada nas redes sociais — o ator Jim Caviezel tomando uma facada — para que virasse motivo de memes e gozações.

As imagens foram questionadas até mesmo por militantes do bolsonarismo raiz. A cena que deu a vitória à extrema direita, o ataque em 2018 de Adelio Bispo em Juiz de Fora, teria ficado inverossímil, com jeito de farsa, alegam os fãs.

A apreciação estética, no entanto, não é o eixo dessa crônica. O estrago maior da superprodução cinematográfica é a “facada” que aplica nos cofres públicos.

A turma que adora criticar a Lei Rouanet (incentivos fiscais de empresas) está se lambuzando com verbas para levar à telona a vida & obra do ídolo criminoso — condenado por tentativa de golpe pelo STF.

Segundo reportagem do Intercept Brasil, a dona da produtora que está filmando “Dark Horse”, a tal cinebiografia recebeu mais de R$ 100 milhões da prefeitura de São Paulo. Oficialmente, o contrato da gestão do reeleito Ricardo Nunes é para o fornecimento de internet Wi-Fi em comunidades de baixa renda de SP.

A mesma produtora, por intermédio de uma ONG, recebeu R$ 2 milhões em emendas parlamentares do deputado Mario Frias (PL-SP), como informou o GGN. Frias é simplesmente o roteirista da saga sobre o “mito”.

Como se não bastasse toda gastança com grana pública, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) revelou ter recebido diversas denúncias de abusos trabalhistas, agressões aos artistas e atrasos de pagamentos de cachês.

A verossimilhança na cena da facada de Juiz de Fora, queixa dos próprios bolsonaristas, é fichinha diante do golpe nos recursos do contribuinte.

Sangrou!



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