A greve dos rodoviários que paralisou parte do transporte público de São Luís foi encerrada na manhã deste domingo (28), após cinco dias de mobilização.
O fim do movimento ocorreu depois de uma reunião entre representantes dos trabalhadores, das empresas e do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), realizada na sede da empresa 1001/Expresso Rei de França.
Com o acordo firmado, as linhas que estavam paradas começaram a ser restabelecidas de forma imediata.
Os rodoviários escalados para o segundo turno deste domingo já retornaram às atividades, garantindo a retomada integral da operação.
A paralisação teve início no dia 24 de dezembro e afetou diretamente as empresas 1001/Expresso Rei de França e Expresso Grapiúna, que integram o Consórcio Via SL.
O movimento foi motivado pelo atraso no pagamento do 13º salário e de adiantamentos salariais aos trabalhadores.
Segundo a defesa do consórcio, a crise financeira teria sido provocada pelo bloqueio de subsídios por parte da Prefeitura de São Luís.
Já a gestão municipal sustenta que houve inexecução contratual grave por parte das empresas concessionárias.
PONTOS DEFINIDOS NO ACORDO
Durante a reunião, foram estabelecidas medidas para normalizar o sistema e garantir os direitos trabalhistas. Entre os principais pontos acordados estão:
- Retomada imediata: operação do sistema normalizada a partir do segundo turno deste domingo (28);
- Fiscalização: criação de uma comissão formada por rodoviários para acompanhar diariamente a arrecadação das empresas;
- Sem prejuízos aos trabalhadores: garantia de pagamento integral dos dias parados, sem descontos salariais ou no tíquete-alimentação;
- Homologação judicial: o acordo será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), com encerramento das disputas judiciais relacionadas à greve.
O termo de compromisso também prevê medidas para assegurar a quitação dos valores em atraso e ampliar a transparência financeira.
A comissão de trabalhadores acompanhará diariamente a prestação de contas da bilhetagem eletrônica das empresas.
Via: O Informante
