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O senador e pré-candidato à Presidência da República, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 16, que o impedimento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, deixar a carceragem da Polícia Federal em Brasília para ir a um hospital fazer exames é uma “sentença de morte” dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração foi dada pelo senador logo após ele visitar seu pai nesta manhã. “Não permitir que Jair Bolsonaro receba os devidos cuidados médicos é uma sentença de morte. Já vimos esse filme com Clezão, e ele não pode se repetir”, escreveu o senador em uma rede social em referência a um preso pelo 8 de Janeiro que morreu na prisão.
Na entrevista ele também citou avaliações médicas que teriam apontado a necessidade de Bolsonaro ir a uma unidade de saúde. ”Que volte o bom senso ao relator desse processo para que não fique transparecendo que parece que quer matar o Bolsonaro aqui onde ele está. É um risco de saúde real, grave. E eu peço muito que ele [Moraes] pare de usar a jurisprudência Clezão (…). O relator está enrolando, menosprezando a necessidade de tomar conta da saúde dele”, comentou Flávio.
Nos últimos dias, o clã Bolsonaro tem insistido nos pedidos para que o ex-presidente deixe a carceragem e seja atendido em um hospital de Brasília. No entanto, o Moraes autorizou apenas que exames fossem feitos na sede da PF, até mesmo para verificar a real necessidade de ida ao hospital.
Para o STF, a tentativa de fuga de Bolsonaro, quando ele usou um ferro de solda na tornozeleira eletrônica, é uma situação que leva às autoridades a terem mais atenção com sua detenção. Além disso, já há decisão judicial para que uma equipe médica fique responsável pelo ex-presidente na carceragem; e os médicos dele têm acesso liberado a ele.
Entre os apelos mais exagerados da família, o ex-vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) chegou a comparar a situação do pai com a do criminoso conhecido como Marcola, um dos principais chefes do PCC.
