O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, reforçou que a candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-SP) não é um “balão de ensaio”. Em conversa com jornalistas após um jantar com líderes do Centrão, na noite dessa segunda-feira (8/12), Marinho disse que o filho 01 de Jair Bolsonaro fez um “ensaio retórico” ao falar de “preço” para desistir da candidatura.
“Em nenhum momento o Flávio colocou que a sua candidatura era um balão de ensaio. Ele fez um ensaio retórico ao dizer que o ‘preço’ era que o presidente Bolsonaro pudesse constar na cédula eleitoral como candidato”, disse o senador.
No último domingo (7/12), Flávio Bolsonaro disse que estaria disposto a negociar um “preço” para desistir da disputa: a anistia para o pai, Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado.
Na noite dessa segunda-feira, Flávio Bolsonaro recebeu líderes partidários para discutir a candidatura, em jantar oferecido na mansão dele, em Brasília. Estiveram presentes os presidentes do Progressistas, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, além de nomes do Partido Liberal, incluindo Valdemar da Costa Neto.
“O senador Flávio colocou as condições da sua campanha, da sua candidatura, a necessidade de estarmos juntos e o que pretende apresentar como projeto de país. Tanto o Ciro quanto o Rueda, que representam hoje uma federação, foram muito receptivos e vão conversar com seus partidos para tomar uma decisão”, detalhou Marinho após a reunião.
7 imagens



Fechar modal.![]()







Leia também
-
São Paulo
Tarcísio rompe o silêncio sobre pré-candidatura de Flávio Bolsonaro
-
São Paulo
Tarcísio ouve gritos de “presidente” após anúncio de Flávio Bolsonaro
-
Negócios
Dólar cai com mercado apostando em Flávio Bolsonaro fora do Planalto
-
Paulo Cappelli
O próximo passo de Flávio Bolsonaro como candidato à Presidência
Marinho disse que a reunião deixou claro que a candidatura de Flávio “é para valer”. “É evidente que há uma responsabilidade tanto do presidente do PP quanto do presidente do União Brasil, para que eles possam conversar com as suas respectivas bancadas, com governadores, com atores políticos que estão espalhados por todo o país, para que, ao fim e ao cabo, eles possam nos trazer uma posição dos seus respectivos partidos”, explicou.
O senador deu mais detalhes sobre a decisão de Jair Bolsonaro de indicar o filho 01 para o posto de candidato à presidência da República. Segundo Marinho, Flávio vai “unificar a direita” e “preservar o legado” do clã Bolsonaro.
“Bolsonaro colocou para o Flávio que a candidatura era dele, até para unificar a direita, para que nós possamos preservar o seu legado. E a posição do PL é muito clara: na hora em que o principal representante do nosso partido tomou essa decisão, todos nós estaremos juntos com ele”, disse.
Após anunciar, na última sexta-feira (5/12), que seria o candidato do grupo político no lugar do pai, Flávio passou a buscar apoio de partidos de centro para consolidar seu projeto eleitoral.
