O espaço, de 340m², também vai abrigar outras exposições, tanto de alunos da escola quanto de artistas da região, com o objetivo de valorizar e expor ao público as riquezas culturais dos bairros da Gamboa, Saúde e Santo Cristo.
— Ter um centro cultural aberto à comunidade em uma região tão representativa da História e da cultura negra é essencial. O Centro Patrimoniará quer pensar o futuro da Pequena África — diz Camila Crispim, conselheira da FDV.
Os visitantes já podem aproveitar a Patrimoniará de quinta a sábado até 13 de dezembro. Na exposição, de curadoria é de Hugo Oliveira, diretor da Galeria Providência, há documentos e fotos inéditas da FDV, fragmentos da antiga Perimetral e registros de remoções de casas da Providência, transformados em obras de arte que ressignificam ruína como símbolo de resistência. A programação ainda inclui oficinas, apresentações musicais e exibições de filmes que aproximam artistas, estudantes e moradores em torno de debates sobre memória, território e cultura.
— Patrimoniará é um neologismo que une ‘patrimônio’ e a ideia de futuro. Ele propõe uma investigação crítica sobre o que torna um lugar ‘patrimoniável’. A exposição organiza-se em cinco núcleos curatoriais, que são eles: Histórico, Passado Presente, Patrimoniará e Futurar. A exposição coloca em diálogo a Casa do Pequeno Jornaleiro, práticas pedagógicas e trajetórias de resistência que compõem a memória viva do território — destaca Bruno Katzer, diretor executivo da Weave/Fomentae e realizador do projeto.
