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Futuros de NY recuam após queda da Oracle e antes de novos dados dos EUA

by admin

Os índices futuros de Nova York operam em baixa na manhã desta quinta-feira (11), pressionados pelo tombo das ações da Oracle no after-market na véspera. A companhia despencou mais de 10% após divulgar receita trimestral abaixo das projeções, alimentando dúvidas sobre a velocidade de retorno dos investimentos em inteligência artificial (IA) — movimento que ofuscou o alívio trazido pelo corte de juros do Federal Reserve, o banco central estadunidense, na véspera.

A sessão também é marcada pela expectativa pelos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, estimados em 220 mil, e pelo dado da balança comercial de setembro, que deve registrar déficit de US$ 63,3 bilhões. No campo corporativo, investidores aguardam os resultados de Costco, Broadcom e Lululemon.

No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, enquanto o Fed reduziu os juros para a faixa entre 3,50% e 3,75%, sem sinalizar claramente os próximos passos. Apesar do tom duro do BC brasileiro, projeções de inflação indicam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pode convergir para o centro da meta no início de 2026.

A agenda doméstica traz ainda as vendas no varejo de outubro, com expectativa de leve queda — 0,1% na comparação mensal e 0,2% na anual — além do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de novembro, às 9h.

Brasil

O Ibovespa encerrou o pregão da quarta-feira (10) com alta de 0,69%, fechando aos 159.075 pontos. Na máxima do dia, o IBOV chegou a 159.690,7 pontos, enquanto a mínima ficou em 157.628,3 pontos. O volume negociado no pregão somou R$ 23,47 bilhões. Já o dólar comercial subiu 0,62%, a R$ 5,469, na contramão do dólar frente a moedas fortes mundo afora.

O impulso maior veio após o Federal Reserve, o banco central estadunidense, anunciar um corte de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos, para a faixa entre 3,50% e 3,75% – decisão tomada por um comitê dividido.

O comunicado do Fed trouxe um tom mais cauteloso, sugerindo que novas reduções podem ser interrompidas, dependendo da evolução dos dados econômicos.

Europa

As bolsas europeias operam no vermelho, com os investidores repercutindo a decisão do Federal Reserve de cortar os juros. O banco central suíço manteve as taxas de juros em 0%, citando uma inflação ligeiramente menor do que a esperada, segundo informações do CNBC.

STOXX 600: -0,22%
DAX (Alemanha): -0,35%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,01%
CAC 40 (França): +0,01%
FTSE MIB (Itália): -0,26%

Estados Unidos

As bolsas dos EUA subiram na quarta-feira após o Federal Reserve cortar os juros pela terceira vez no ano, reduzindo a taxa para o intervalo de 3,5% a 3,75%. O FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) sinalizou que o ritmo de afrouxamento monetário deve ser mais lento daqui em diante. A decisão reforçou a percepção de que novos aumentos estão descartados. Jerome Powell afirmou que o Fed está bem posicionado para “esperar e observar” a evolução da economia.

Dow Jones Futuro: -0,47%
S&P 500 Futuro: -0,89%
Nasdaq Futuro: -1,23%

Ásia

As bolsas asiáticas reverteram os ganhos iniciais e fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta, após o terceiro corte de juros do ano anunciado pelo Fed.

Shanghai SE (China), -0,70%
Nikkei (Japão): -0,90%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,04%
Nifty 50 (Índia): +0,46%
ASX 200 (Austrália): +0,15%

Petróleo

Os preços do petróleo opera em baixa, apagando os ganhos da véspera, depois que os EUA apreenderam um petroleiro sujeito a sanções na costa da Venezuela, aumentando as tensões entre os dois países.

Petróleo WTI, -0,99%, a US$ 57,88 o barril
Petróleo Brent, -0,98%, a US$ 61,60 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados de pedidos de auxílio-desemprego, balança comercial de setembro e estoques no atacado, também de setembro.

Por aqui, no Brasil, o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que anunciou na quarta-feira a decisão de manter a taxa Selic em 15% ao ano, pode ter sido um “banho de água fria” para quem estimava um início do ciclo de cortes na próxima reunião, marcada para 27 e 28 de janeiro. O colegiado reafirmou a necessidade de “cautela” diante de um cenário de “elevada incerteza”. Os dirigentes mantiveram a estratégia de juros altos “por período bastante prolongado” a fim de convergir a inflação à meta. De acordo com o Copom, ainda há riscos para a inflação, como a desancoragem das expectativas, a resiliência da inflação de serviços, a conjunção das políticas econômicas interna e externa.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg



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