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Com exclusividade para a Forbes Agro, a Fox Human Capital apresenta a nova edição do Guia Salarial Fox Agro 2025/2026. O levantamento, iniciado em 2024 pela consultoria de recursos humanos especializada em busca de gestores de médio e alto escalão, representa um retrato atualizado das faixas de remuneração e das tendências de carreira do setor.
“As principais mudanças que trouxemos para esse ano foi a adição de cargos que não estavam contemplados no Guia Salarial do ano passado e que algumas posições aí tomaram uma certa importância, não só para o segmento, mas dentro da nossa atuação também”, diz o economista e headhunter Filippe Apolo, fundador da Fox Human Capital.
O Guia deste ano, baseado em 2.000 entrevistas e 300 faixas salariais, mostra que o agronegócio está mais tecnológico, biológico e financeiro do que nunca. E quem domina esse cruzamento é cada vez mais disputado pelas empresas.
“O agro brasileiro se torna mais tecnológico, mais financeiro e mais complexo”, diz Apolo.
Áreas críticas e salários de destaque
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Filipe Apolo, fundador da Fox Human Capital
A pesquisa aponta que o segmento de biológicos cresce com velocidade superior aos defensivos tradicionais, impulsionando a demanda por profissionais na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
“A demanda por P&D e especialistas técnicos supera a oferta, impulsionando remunerações acima da média”, afirma Apolo.
Também estão em alta especialistas comerciais em manejo integrado, além de profissionais de marketing técnico focados em posicionamento de biotecnologias.
Na tecnologia, CTOs apresentam medianas de R$ 48 mil e gerentes de TI R$ 37 mil. Em originação e industrialização de grãos, diretores de originação têm faixas que chegam a R$ 75 mil.
“No setor sucroenergético, desafios climáticos e a pressão por sustentabilidade vêm impulsionando a demanda por líderes com visão integrada entre campo, indústria e certificações ambientais”, diz Apolo.
O Guia Salarial 2025
Crédito, risco e escassez de talentos
Com o aumento do endividamento no campo, o front de crédito agro ganhou protagonismo: gerentes de crédito têm medianas de R$ 31 mil e são alvo de forte concorrência entre empresas por perfis técnicos que aliem conhecimento jurídico e capacidade de modelar risco.
O estudo destaca que o crédito se tornou “uma faca de dois gumes” e que os profissionais capazes de equilibrar risco, estratégia e crescimento são hoje decisivos para a saúde das companhias.
Isso significa que a demanda por profissionais híbridos, unindo conhecimento de tecnologia, dados e agronomia, são a principal tendência do mercado.
Nova realidade das remunerações
Apolo destaca que o relatório refletiu uma lateralização das remunerações em algumas posições C-level, consequência de um 2025 com juros elevados, custos altos e margens comprimidas.
“Quando você analisa o guia salarial, vai notar que houve queda de mediana para algumas posições, um reflexo da pressão por responsabilidade junto a investidores e financiadores”, diz Apolo.
“A remuneração no agronegócio está alinhada à média de outros setores; a comparação precisa ser por ‘laranja com laranja’, pois porte e complexidade importam.”
