O acordo, firmado entre os palestinos e Israel no início de outubro e mediado por autoridades dos EUA, Catar, Egito e Turquia, previa na primeira fase a libertação de reféns mantidos vivos em Gaza e o retorno dos corpos daqueles que morreram em troca da devolução de 2 mil prisioneiros palestinos que estavam detidos em Israel. Desde a assinatura, o Hamas e seus aliados libertaram os últimos 20 reféns sequestrados que ainda estavam vivos e 27 dos 28 corpos de reféns. O único corpo restante que ainda não foi devolvido é do policial israelense Ran Gvili.
“Nossas armas estão vinculadas à existência da ocupação e da agressão”, afirmou em um comunicado Khalil al Hayya, chefe negociador do Hamas e responsável pelo movimento em Gaza. “Se a ocupação terminar, essas armas serão colocadas sob a autoridade do Estado”.
Consultada pela AFP, a assessoria de Hayya precisou que ele se referia a um Estado palestino soberano e independente.
“Aceitamos o envio de forças da ONU como força de separação, encarregada de vigiar as fronteiras e garantir o cumprimento do cessar-fogo em Gaza”, acrescentou Hayya, destacando a rejeição de seu grupo ao envio de uma força internacional para o enclave palestino cuja missão seria desarmá-lo.
