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Hang elogia Pinochet e parabeniza Kast por vitória no Chile

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Luciano Hang – Foto: reprodução

O empresário Luciano Hang, dono da rede Havan, elogiou publicamente o ditador Augusto Pinochet e parabenizou José Antonio Kast pela vitória na eleição presidencial do Chile, neste domingo (14), afirmando que o país “voltou a escolher a ordem em vez da desordem”. A manifestação ocorreu após a confirmação do triunfo do candidato da extrema direita, que assume o Palácio La Moneda em março e marca o retorno desse campo político ao poder após quatro anos do governo de esquerda de Gabriel Boric.

Em publicação nas redes sociais, Hang afirmou que acompanha a realidade chilena há mais de três décadas e fez uma comparação direta entre o período da ditadura e o cenário atual. “O Chile deu um recado claro nas urnas! Conheço o Chile há mais de 35 anos. Vi de perto quando o país era exemplo de segurança e prosperidade na América Latina e, infelizmente, também acompanhei a deterioração da ordem e da tranquilidade nas ruas”, escreveu.

O empresário declarou ainda que chegou a conhecer Pinochet pessoalmente nos anos 1990 e atribuiu ao regime militar a retomada da estabilidade no país: “Na década de 90, conheci o ex-presidente Pinochet em Iquique, caminhando pelas ruas e sendo aclamado pela população. Foi um período em que o Chile voltou a ter ordem e rumo. Isso é um fato histórico”, disse. “Parabenizo José Antonio Kast pela vitória e, principalmente, pelo discurso firme. Sem ordem, não existe prosperidade. Sem segurança, não existe liberdade”.

“Líderes fracos criam tempos difíceis. Tempos difíceis exigem líderes fortes. O povo chileno escolheu mudar. Ordem em vez de desordem. Trabalho em vez de discurso. Que o Chile volte a ser exemplo para toda a América Latina”, concluiu, assinando como “Véio da Havan”.

 

José Antonio Kast, de 59 anos, foi eleito presidente ao confirmar a ampla vantagem construída ao longo da campanha de segundo turno contra a candidata governista Jeannette Jara, do Partido Comunista. Com cerca de 25% das urnas apuradas, Kast alcançou 59% dos votos, contra 40% da adversária, diferença considerada irreversível pela Justiça Eleitoral chilena.

Durante a campanha, Kast explorou o aumento da sensação de insegurança no país ao prometer endurecer as políticas de segurança pública, ampliar o poder repressivo do Estado e promover a deportação em massa de imigrantes em situação irregular, sobretudo venezuelanos, sem apresentar planos concretos, custos ou acordos internacionais viáveis para a execução dessas medidas.

Embora pesquisas indiquem que a violência é a principal preocupação dos chilenos, especialistas apontam que o medo difundido supera os dados oficiais: os homicídios dobraram na última década, mas vêm caindo há dois anos, enquanto crimes como sequestros e extorsões cresceram, em grande parte associados à atuação de organizações criminosas estrangeiras.

Crítico declarado do governo de Gabriel Boric, Kast construiu sua campanha a partir de um discurso de ordem e nostalgia autoritária, evita abordar sua admiração pelo ditador Augusto Pinochet e carrega um histórico de posições extremas em temas de direitos humanos, imigração e costumes.



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