A morte de Ruthetty, anunciada nesta quarta-feira (3/12), encerra a história de uma das artistas mais marcantes do tecnomelody e da música romântica paraense. A cantora, que influenciou diferentes gerações de ouvintes e músicos, foi localizada sem vida dentro da própria casa, em Belém. A confirmação, feita por familiares por meio das redes sociais, pegou fãs e admiradores de surpresa e gerou comoção em todo o Norte do país. Até o momento, não há informações oficiais sobre o que teria causado o falecimento.
Ruthetty, cujo nome de batismo era Ruth Gomes dos Santos, nasceu e cresceu no Pará — território onde construiu sua carreira e consolidou sua identidade musical. Entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000, ela se destacou como uma das vozes femininas mais expressivas da cena local, período em que o tecnomelody ganhava força nas periferias urbanas e nos grandes bailes da região. Sua interpretação carregada de emoção, sempre marcada por intensidade e dramaticidade, fez com que se tornasse uma figura indispensável na música popular paraense.
O estilo de Ruthetty combinava sintetizadores e batidas eletrônicas típicas do tecnomelody com letras românticas profundas, criando um contraste que conquistou milhares de ouvintes. Essa fusão era considerada um dos seus grandes diferenciais: a cantora tinha a habilidade de transformar sentimentos de dor, paixão e saudade em performances envolventes, capazes de tocar públicos diversos. Esse talento fez com que canções como Viver de Ilusão, Amor da Minha Vida e Eterno Amor se tornassem clássicos regionais, reproduzidos em rádios, festas e coletâneas musicais por décadas.
Além dos sucessos mais conhecidos, Ruthetty mantinha um repertório vasto, repleto de músicas que exploravam diferentes nuances do romantismo. Suas composições e interpretações ajudaram a construir a estética característica da música popular do Norte, e, mesmo sem grande projeção nacional, ela alcançou um patamar de relevância que a transformou em ícone local. Sua influência se estendeu para novos artistas do tecnobrega, tecnomelody e outros gêneros derivados, muitos dos quais citavam a cantora como inspiração direta.
A morte de Ruthetty
A despedida de Ruthetty deixa uma lacuna na cultura musical paraense. A artista foi encontrada morta em sua residência, localizada no bairro da Marambaia, em Belém. O comunicado oficial publicado nas redes sociais detalhou o momento da descoberta e gerou grande mobilização de fãs, que rapidamente começaram a prestar homenagens, compartilhar lembranças e revisitar suas músicas.
“Nossa rainha foi encontrada morta, na manhã de hoje, dentro de sua residência, no bairro da Marambaia, em Belém. Ainda não se tem pistas sobre o que possa ter motivado sua morte”, disse o comunicado de falecimento postado no perfil oficial da artista.
A notícia espalhou-se rapidamente, e a comoção refletiu a importância histórica e afetiva de Ruthetty para o público. A cantora deixa um legado musical que continua vivo nas pistas de dança, nos paredões, nas rádios locais e, principalmente, na memória dos fãs que acompanharam sua trajetória ao longo das décadas.
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