Um impasse entre o Banco Central e instituições financeiras tem atrasado a regulamentação do Pix Parcelado, modalidade que permitirá dividir pagamentos via sistema instantâneo. A divergência gira em torno de como as parcelas serão cobradas: se dentro da fatura do cartão de crédito, como defendem bancos e fintechs, ou em um documento separado, como propõe o regulador.
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Fontes ouvidas pela Broadcast afirmam que o impasse deve adiar novamente a publicação da norma, inicialmente prevista para esta semana. O lançamento, que já havia sido postergado em setembro, ainda depende de consenso entre as áreas técnicas do BC e as entidades representativas do setor financeiro antes de chegar à diretoria colegiada da autarquia.
Modelo em debate
Na proposta do Banco Central, o Pix Parcelado seria contratado em um ambiente próprio, com limite de crédito específico e uma fatura exclusiva, semelhante a um boleto ou documento de cobrança separado. A intenção é evitar confusão com o cartão de crédito tradicional e reduzir o risco de superendividamento, já que a modalidade funciona, na prática, como uma linha de crédito adicional.
Bancos e fintechs, por outro lado, defendem um modelo mais simples. Eles sugerem que o cliente escolha se quer incluir o Pix Parcelado na fatura do cartão, compartilhando o mesmo limite de crédito, ou se prefere o débito direto em conta. Segundo executivos do setor, essa prática já é adotada por soluções de mercado atualmente em operação e tem sido bem recebida pelos consumidores, que preferem concentrar suas cobranças em um único local.
Bruno Peres/Agência Brasil
Risco de endividamento preocupa BC
O Banco Central teme que a unificação das faturas leve os usuários ao rotativo do cartão caso não consigam quitar o valor total. Em setembro, a taxa média de juros dessa modalidade chegou a 443,3% ao ano. Para contornar o problema, o setor financeiro propôs alternativas intermediárias, como aplicar à dívida do Pix Parcelado os juros originalmente contratados, mais baixos que os do rotativo.
Outra sugestão apresentada pelo mercado é a de manter o Pix Parcelado e o cartão de crédito em um mesmo documento, mas em páginas separadas, para garantir transparência e facilitar o controle financeiro dos consumidores. A medida, segundo as instituições, também reduziria a inadimplência, já que as cobranças estariam reunidas em uma única fatura.
Discussões em andamento
As propostas já foram encaminhadas ao Banco Central, que analisa as sugestões antes de concluir o texto final da regulamentação. Apesar dos esforços para chegar a um consenso, ainda não há nova data definida para a publicação das regras do Pix Parcelado.
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