Os índices futuros de Nova York operam perto da estabilidade nesta quinta-feira (4), em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, cortará os juros na reunião da próxima semana. Segundo a ferramenta FedWatch, da CME, os mercados atribuem 89% de chance de redução. A expectativa ganhou força após a ADP reportar queda de 32 mil vagas no setor privado em novembro, abaixo das 40 mil projetadas.
No Brasil, a agenda é carregada. Às 9h, sai o PIB do terceiro trimestre de 2025, acompanhado pelo leilão de áreas não contratadas do pré-sal na B3, que pode movimentar ações do setor de petróleo e gás, especialmente Petrobras. Mais cedo, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga o Ivar, índice de aluguéis residenciais, e ao longo do dia saem dados da balança comercial e da produção de veículos da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores).
No campo político, o deputado Mendonça Filho deve apresentar o parecer da PEC da Segurança Pública na comissão especial, ampliando o foco sobre Brasília.
No exterior, a cúpula Índia–Rússia em Nova Délhi reúne Vladimir Putin e Narendra Modi para discutir parcerias estratégicas. Investidores também acompanham pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA e as encomendas à indústria, além das vendas do varejo na zona do euro.
Brasil
O Ibovespa engatou o segundo dia de forte valorização e fechou esta quarta-feira (3) em nova máxima histórica. O índice avançou 0,41%, aos 161.755 pontos, superando o recorde alcançado na véspera. Na máxima intraday, chegou a encostar nos 162 mil pontos.
O dólar à vista recuou 0,32%, para R$ 5,313, em um pregão marcado pela atenção a Brasília e às negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Pela manhã, o presidente Lula (PT) afirmou esperar novas revogações de tarifas impostas por Washington, após conversar anteontem por telefone com Donald Trump e pedir avanços sobre produtos ainda sujeitos ao adicional de 40%.
Europa
Os mercados europeus sobem nesta quinta-feira enquanto negociações de cessar-fogo para a guerra na Ucrânia ganham destaque. O chefe do Conselho de Segurança ucraniano, Rustem Umerov, reúne-se em Miami com o enviado dos EUA após diálogos pouco produtivos entre Washington e Moscou. Paralelamente, Emmanuel Macron está em Pequim para encontros com Xi Jinping. O francês deve pressionar a China a ampliar sua atuação em busca de uma solução para o conflito.
STOXX 600: +0,28%
DAX (Alemanha): +0,66%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,08%
CAC 40 (França): +0,33%
FTSE MIB (Itália): +0,20%
Estados Unidos
Os agentes do mercado financeiro estadunidense aguardam a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego, com previsão de 220 mil novas solicitações. Também serão publicadas as encomendas à indústria de setembro.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: -0,01%
Nasdaq Futuro: -0,10%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, seguindo o movimento de Wall Street na véspera.
Shanghai SE (China), -0,06%
Nikkei (Japão): +2,33%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,57%
Nifty 50 (Índia): +0,05%
ASX 200 (Austrália): +0,27%
Petróleo
Os preços do petróleo avançam com os investidores avaliando as perspectivas de um cessar-fogo na Ucrânia e as consequências das tensões entre os EUA e a Venezuela.
Petróleo WTI, +0,47%, a US$ 59,23 o barril
Petróleo Brent, +0,37%, a US$ 62,89 o barril
Agenda
Nos EUA, saem os dados do auxílio-desemprego, exportação de grãos (USDA) e encomendas à indústria.
Por aqui, no Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) convocou para esta quinta uma sessão do Congresso Nacional para votar exclusivamente o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 (PLN2/2025). A votação abre caminho para a análise final do Orçamento. Na quarta-feira, a CMO aprovou o relatório de receitas, com um aumento de R$ 13,2 bilhões nas receitas em relação ao que previa o projeto original do Executivo, que estabelece um total de aproximadamente R$ 2,6 trilhões.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
