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Cenários
A semana abreviada pelo feriado do Natal concentra poucos eventos no calendário, mas traz um dado capaz de alterar preços no mercado acionário e nas taxas de câmbio brasileiras. O foco dos investidores estará na divulgação do índice de inflação dos Estados Unidos medido pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), agendada para a terça-feira (23). O indicador é acompanhado de perto pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, e tem peso direto na formação das expectativas para a política monetária americana.
Nos últimos meses, os investidores passaram a trabalhar com a hipótese de cortes de juros nos Estados Unidos a partir de 2026, com os mais otimistas prevendo um corte para janeiro e a maioria esperando essa redução para março ou abril.
Essa leitura foi sustentada por sinais de desaceleração gradual da inflação e por dados de atividade menos pressionados. No entanto, a paralisação de 43 dias do governo americano comprometeu o levantamento dos dados. Por isso, não há muita confiança nos números divulgados recentemente, como a inflação de novembro medida pelo Consumer Price Index (CPI).
O CPI nos 12 meses até novembro caiu para 2,7%, abaixo dos 3,0% nos 12 meses até setembro (o índice de outubro não foi divulgado). Por isso, o PCE desta semana deve reduzir as dúvidas. Um resultado acima do esperado pode levar à revisão dessas apostas, com impacto imediato sobre os rendimentos dos Treasuries e o fluxo de capital para mercados emergentes.
O mercado acionário brasileiro também reage ao ambiente externo. Um PCE mais pressionado tende a elevar a aversão ao risco. A bolsa local, que já opera com volume reduzido, pode registrar oscilações mais intensas em ações ligadas a commodities e a empresas sensíveis ao ciclo global. Por outro lado, um dado benigno reforça a leitura de inflação sob controle nos Estados Unidos, favorecendo ativos de risco e moedas emergentes.
No ambiente doméstico, a semana traz poucos indicadores relevantes. O noticiário fiscal segue no radar, mas sem eventos programados capazes de mudar expectativas no curto prazo. Com isso, o mercado brasileiro fica mais dependente do exterior. A dinâmica dos juros americanos continua sendo o principal vetor para câmbio e ações.
Perspectivas
A combinação de feriado, liquidez reduzida e um dado relevante de inflação nos Estados Unidos aumenta a chance de movimentos concentrados em poucos pregões. Investidores tendem a operar com cautela, ajustando posições de curto prazo. As cotas do Exchange Traded Fund (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil negociadas em Nova York iniciam a semana em alta, assim como os contratos futuros dos índices americanos negociados no pré-mercado
Indicadores
Relatório Focus
Índice de confiança do consumidor FGV (Dez)
Esperado: ND
Anterior: 89,8
Sem indicadores relevantes
