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Isabella Scherer revela que quase chorou de tanta dor após crise de enxaqueca; entenda

by admin

A atriz e empresária Isabella Scherer, de 29 anos de idade, contou em seus Stories do Instagram nesta semana que quase chorou de tanta dor de cabeça. “Acho que tive minha primeira enxaqueca. Começou ontem à tarde, uma sensação de febre, mas sem temperatura alta, e claro, muita dor de cabeça… Nunca imaginei que uma dor de cabeça poderia acabar tanto comigo”, desabafou a campeã da oitava temporada do reality culinário MasterChef Brasil, da Band.
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Segundo o médico Tiago de Paula, o relato da artista é bem mais comum do que se imagina, já que a enxaqueca dificulta muito a qualidade de vida. “Mais do que uma simples dor de cabeça, a enxaqueca é uma condição neurológica crônica que pode comprometer diferentes esferas da vida do paciente e, por isso, o diagnóstico e o tratamento precisam ocorrer de maneira precoce para evitar a progressão da doença. O impacto vai além da dor intensa e recorrente, refletindo-se no bem-estar emocional, nas relações pessoais, na vida profissional e até nas finanças”, destaca o neurologista, que é especialista em Cefaleia pela Escola Paulista de Medicina (EPM/UNIFESP), e membro da International Headache Society (IHS) e da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC).
O médico explica que, do ponto de vista emocional, conviver com crises frequentes pode gerar ansiedade e medo constante de um novo episódio, o que limita planos e atividades diárias. “A enxaqueca impacta a vida das pessoas em diversos aspectos. Além da dor latejante, o paciente fica mais sensível à luz, aos sons e ao barulho, sofre com náuseas e tontura e tem uma piora no sono, na atenção e na memória”, afirma ele.
A condição tem raízes genéticas, mas existe também uma questão hormonal. “Hormônios como o estrogênio influenciam na sensibilidade e prevalência dos sintomas. Por isso, é mais comum em mulheres”, pontua.
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Fatores que podem piorar o quadro
Mas o médico ressalta que os fatores epigenéticos, ou seja, do ambiente em que a pessoa está inserida, também têm um impacto importante na evolução da doença. “Por exemplo, uma pessoa que tem uma vida muito intensa, está sempre exposta a estímulos, sofre com grande estresse e não dorme direito tende a sofrer com crises mais frequentes e mais graves”, ressalta o especialista.
“A alimentação também pode favorecer uma piora da enxaqueca, principalmente aqueles alimentos que deixam o cérebro mais acelerado, pois trata-se de uma doença relacionada à hiperexcitabilidade cerebral. Por isso, é recomendado evitar estimulantes, como café, chocolate e energéticos, e termogênicos, incluindo gengibre e pimenta vermelha, por exemplo”, detalha o médico.
Tratamento
Mas o tratamento da condição vai além do manejo dos gatilhos e cronificadores da enxaqueca, podendo incluir uma série de outras estratégias para melhorar a intensidade da dor e diminuir a frequência das crises. No entanto, o neurologista ressalta que os remédios para crises de enxaqueca não tratam o problema.
“Pelo contrário. Os remédios para crises são cronificadores da enxaqueca. Esses medicamentos não tratam a doença de forma efetiva e, quanto mais remédios você toma, menos eles funcionam e mais dor você sente. É um quadro conhecido como cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Além disso, esses remédios podem prejudicar a eficácia dos tratamentos de primeira linha”, alerta o médico.
O tratamento da enxaqueca deve focar em uma abordagem global e integrada para atuar em todos os aspectos da doença, promovendo assim uma melhora rápida e devolvendo qualidade de vida ao paciente. “Além de mudanças na alimentação e no estilo de vida acompanhadas por nutricionistas e psicólogos, utilizamos tratamentos de primeira linha com evidência cientifica para a condição, como a toxina botulínica, que é aplicada em pontos nervosos específicos para reduzir a sensibilidade do cérebro a dor, ajudando, assim, no controle da enxaqueca”, diz o especialista.
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O médico explica que outra opção entre os tratamentos de primeira linha são os medicamentos monoclonais Anti-CGRP, primeiros medicamentos desenvolvidos, do início ao fim, para enxaqueca. “Eles bloqueiam o efeito do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), que contribui para a inflamação e transmissão de dor e está presente em maiores níveis em pacientes com enxaqueca”, detalha o neurologista, acrescentando que, em pacientes com enxaqueca crônica, a combinação da toxina botulínica com os anti-CGRPs tem se mostrado mais eficaz do que o uso isolado dessas terapias.
Além disso, sessões de fisioterapia também podem ser indicadas, inclusive com o uso de dispositivos de neuroestimulação que ajudam a aliviar as crises de enxaqueca. “Essa tecnologia promove uma estimulação elétrica transcutânea do nervo trigêmeo, diminuindo a transmissão de sinais de dor e reduzindo a excitabilidade cerebral, o que contribui para a redução da intensidade e da frequência das crises”, detalha o médico.
Ele ressalta que a enxaqueca crônica não tem cura, mas tem controle. “A avaliação individual é essencial para recomendação do plano de tratamento mais adequado para cada caso. O médico também poderá auxiliar na identificação de gatilhos e fatores cronificadores da doença, o que é fundamental para o controle das crises”, diz.
Isabella Scherer e filhos
Reprodução/Instagram/@minimelissaoficial

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