A Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, receberá nesta sexta-feira e sábado, o Festival da Ciência pelo Clima. Mais de 20 instituições vão participar do evento, que terá debates de educação ambiental nos territórios mais pobres e vulneráveis da cidade, políticas de financiamento público para a ciência, criação de empregos verdes e formas de aumentar a resiliência climática na cidade do Rio. Ainda haverá exposições dos integrantes do programa Jovens Cientistas.
Essa é a terceira edição do festival, que também terá experiências imersivas, jogos educativos e interativos, rodas de conversa e shows.
— A ciência é uma grande aliada na transformação do planeta. E, para termos uma cidade mais justa, desenvolvida e sustentável, precisamos dos nossos jovens cientistas — especialmente daqueles que vivem nos territórios que mais necessitam de intervenções e inovações do poder público — diz Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
Um dos expositores será o ativista ambiental Tiago Carlos do Nascimento, de 28 anos, que faz parte do programa Jovens Cientistas Cariocas — programa com bolsas de R$ 800, por 6 meses, para os estudantes desenvolverem ideias inovadoras. Ele estuda como transformar resíduos do Complexo da Maré em biojóias.
— No ano passado, criamos o Recriando Maré, que transforma resíduos em oportunidades. O coletivo tem como missão enfrentar dois grandes desafios do território: o excesso de resíduos sólidos e a vulnerabilidade econômica dos moradores da comunidade. Com esse duplo objetivo, surgiram as primeiras oficinas de educação ambiental e empreendedorismo sustentável, como as de biojoias, criadas a partir de cápsulas usadas de café e que uniram geração de renda e cuidado com o meio ambiente — diz ele, que também cursa Biologia Marinha na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
- 10h – Roda de conversa: “Educação ambiental em territórios de favelas contra o racismo climático”
- 11h – Roda de conversa: “Quais oportunidades de desenvolvimento econômico e criação de empregos verdes podem ser desenvolvidos no Rio?”
- 14h – Exibição da peça “Céu de Pindorama” – Instituto Ciência Hoje
- 15h – Roda de conversa: “Quais são os impactos no litoral do Rio com as mudanças climáticas?”
- 16h – Roda de Conversa: “Como aumentar a resiliência climática na cidade do Rio de Janeiro?’’
- 17h – Roda de Conversa: “Políticas de financiamento público para a ciência”
- 18h – Roda de samba: Apresentação do grupo Samba do Sacramento
- 10h – Roda de conversa: “Popularização da ciência como estratégia territorial de inclusão social”
- 11h – Roda de conversa: “Educação em ciências contra o negacionismo”
- 13h – Roda de conversa: “Impactos das mudanças climáticas sobre os oceanos’’
- 14h – Roda de conversa: “Programa Jovens Cientistas Cariocas – “O novo front da divulgação científica: as redes sociais’’
- 15h – Roda de conversa: “Programa Jovens Cientistas Cariocas –
- “Educar para o amanhã: relações étnico-raciais, território e clima de transformação”
- 16h – Roda de conversa: “Programa Jovens Cientistas Cariocas – “O batuque educa: samba, educação e memória como saberes do território”
- 17h – Roda de Samba: Apresentação do grupo Samba Solto
