Centroavante do Nottingham Forest, Igor Jesus não esquece seu ex-clube. O jogador gravou um vídeo para Kadir, exibido durante a participação do panamenho no “Botafogo Podcast“, da Botafogo TV.
– Fala meu parceiro Kadir, como está, tudo bem? Tô passando aqui pra te mandar um grande abraço, também, te agradecer pelo carinho e dizer que estou te acompanhando. Pode ter certeza que você terá um grande futuro pela frente, só continuar se dedicando, fazendo o seu melhor a cada dia, pode ter certeza que as coisas vão dar certo, viu? Passando aqui pra te mandar um grande abraço, novamente, que Deus te abençoe, te proteja, e boa sorte no nosso Fogão! Tamo junto – afirmou Igor Jesus.
Kadir, que falou com o centroavante após marcar dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o Sport, agradeceu.
– Muito emocionado, né? Porque depois do jogo, o Cuiabano liga pra ele e eu falo com ele. Aí eu fiquei impressionado no momento, que eu não sabia nem o que falar. Depois assimilei, ele mandou mensagem, tudo, dando parabéns pelo meu trabalho. Agradeci a ele. E, cara, é muito emocionante, tipo, você o vê no campo, nunca pensei em o conhecer. Ele viu um jogo meu. Olha como as metas se cumprem, é muito legal ele me seguir no Instagram e mandar mensagem – disse Kadir, que se inspira no estilo de Igor Jesus.
– Gosto da força dele, porque jogador quando está em campo tem contato com o adversário, com o zagueiro. Eu vi o jogo dele, que ele escorava a bola para os atacantes, ele fazia bem, bom cabeceio, pulava alto, fazia gol. Ele voltava pra marcar e ele fazia o gol. Então, por isso, tipo, uma característica que eu peguei dele, que ele voltava pra marcar e ele atacava, ele voltava pra marcar, ele corria pra lá, corria pra cá, pulava, disputava no alto. E é uma coisa que eu gosto muito dele também, a humildade que ele tem – elogiou Kadir.
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Acerto com o Botafogo
– Faltava uma semana já pra ir embora. Só que eu gostei muito do Brasil, eu queria ficar e queria dar certo num time. Porque, desde que eu cheguei no Brasil, era uma coisa que eu queria conquistar. Aí, um dia falaram, vai no teste do Botafogo. Eu fiquei meio que com medo, de errar e não ficar. Mas fiquei emocionado por uma nova oportunidade. Aí, eu orava muito e ia muito pra igreja. Eu orava muito, pedia muito a Deus que desse tudo certo. Vindo pro teste, eu estava no caminho, só orando, olho fechado. Cheguei, baixei do carro, já estava muito nervoso, muito acelerado. O pessoal falava “calma, desfruta do processo que vai dar certo. Você já está preparado para isso”. Fui lá, no primeiro dia, treinei bem, só que eu estava um pouco nervoso, não sabia falar muito. Então, os caras, alguns jogadores, me abraçaram muito. “Ah, Kadir, você fala espanhol?” Começaram a falar comigo, eles em espanhol, eu em português, começaram a me ensinar. No primeiro dia. Foi legal, gostei, perdi o medo. Fiquei mais calmo. No seguinte dia, eu tive um coletivo. Estava muito nervoso. Aí, eu, “caramba, não sei se vai dar certo. Vamos ver, não sei. Ah, não quero entrar”. Aí, eu falei na minha mente, vou fingir que tô machucado pra não jogar. Eu estava muito nervoso. Aí o teinador me chamou, eu fui lá, corri, alonguei um pouquinho e tal, começou o jogo. Graças a Deus, tipo, no primeiro tempo, eu fiz três gols, e virei essa maravilha. Nesse coletivo ele estavam olhando para ver quem ia ficar, quem não. No intervalo, me trocaram de time, fui para o titular. Dei uma assistência. Aí, saí do jogo, porque já tava cansado, já tinha corrido muito. Aí, saí do jogo. Perguntaram quem era meu empresário, se minha documentação estava em dia. Eu fiquei emocionado, só que eu fiquei normal. Fui pra casa, falei, eu fiz três gols, todo mundo ficou comemorando, como se fosse um parabéns, tipo uma festa de aniversário, todo mundo ficou comemorando. Já liguei para meu pai, nunca fiz isso, meu pai, minha mãe chorando. E é um dia que eu nunca vou esquecer na minha vida.
Início no Botafogo
– Eu cheguei aqui no Brasil, vi que o Botafogo tem muita estrutura. Eu vi o Botafogo, o estágio, o Botafogo estava no Libertadores, no Brasileiro, eu ia para um camarote. Era muita emoção. Eu ficava arrepiado quando escutava o torcedor gritando, quando o Igor Jesus fazia o gol e a comemoração dele, que era especial, né? E aí eu ficava, “nossa, tipo, gostei disso”. Meus empresários falaram “um dia você vai estar ali, comemorando assim, e a torcida vai gritar seu nome”. Graças a Deus aconteceu. Foi o que eu lembrei nesse momento, o que ele falou, por isso que também fiquei muito emocionado quando eu fiz o gol.
Estreia contra o Grêmio
– O treinador Ancelotti falou para mim, “você vai entrar, fica atento”. Eu fiquei ligado lá fora, aquecendo muito. O jogo estava empatado. Quando entro no jogo, vi que o Cuiabano pegou a bola, mas ele tem a característica de botar a bola com efeito e chegar lá, aí percebi que ele orientou um pouquinho a bola, fiz o movimento e corri no espaço. A hora que eu giro o corpo pra bater, o goleiro vai lá e abre um pouco o espaço, só que a bola bate na trave e sai. Eu já estava comemorando quando a bola bate na trave. Mas não foi gol
Gols sobre o Sport
– O primeiro gol que eu fiz contra o Sport, eu falei muito com o Danilo, o Danilo falou muito comigo, “cara, tipo, tenho a bola e eu ando com a bola, você corre no espaço, que aí eu vou tirar a bola e vai chegar em você”. A gente estava tentando, tentando, a torcida estava ali apoiando a gente, começou a chover. Foi uma bola que eu entrei, dominei e chutei. Quando eu olhei, a bola entrou, foi o mais satisfatório, né, porque eu precisava muito disso também. Porque é uma conquista, uma meta que eu tenho na minha vida, que era fazer isso. Entrar num jogo, virar o jogo, entendeu, dar vitória pro Botafogo, era um sonho já. Esssa conquista, esse sonho, era uma meta que eu tinha na minha vida.
Importância de Davide Ancelotti
– Obrigado para ele, porque sem ele também não seria realidade esse sonho, né, porque ele confia muito em mim, ele acredita muito em mim. Você tem que ser grato na vida, então eu fui lá, disse obrigado pra ele, abracei muito ele, porque na verdade também que ele é um bom treinador. Foi um momento de muita felicidade também, eu vi depois de novo que ele entra no campo, comemora e faz tudo. Fiquei muito emocionado também.
Orgulho do Panamá
– Quando eu estava jogando (contra o Sport), eu havia esquecido do jogo do Panamá (que se classificou para a Copa do Mundo). Quando estou dando entrevista depois do jogo, falam que o Panamá vai ganhando, vai pra Copa do Mundo. Aí eu fico muito emocionado. Eu não sabia nem o que falar, fiquei com medo de chorar, porque acompanho muito o Panamá. E quando falaram isso pra mim, eu fiquei frio, fiquei, cara, não sei. Precisava viver esse momento que era meu, né, era uma coisa que eu sonhava também, de comemorar com meus companheiros no vestiário e tudo. Depois eu vi no jogo que o Panamá passou para o Mundial, o Panamá ficou lotado, todo mundo na rua, minha mãe, todo mundo na rua também, com minha camisa, muitas pessoa na rua com minha camisa também, eu fiquei muito emocionado. Que muitas pessoas me acompanham lá, por isso que a toda hora vem bandeira do Panamá nos comentários que Botafogo posta uma foto minha, Panamá sempre presente.
– Eu posso expressar esse sentimento que eu tenho agora pelo Panamá. Desde que cheguei no Brasil, todos me apoiam muito, gente que não me conhece manda mensagem motivacional. Você se sente muito bem de, apesar não ser jogador na seleção, o Panamá inteiro me apoia, me vê como uma referência. Tem garoto que fala “Kadir, você é meu ídolo”. E eu falando isso pra outra pessoa que joga no alto nível. É muito emocionante, muito gratificante que muita gente fala isso pra mim, que você é referência, você é a conversa aqui, do dia a dia no Panamá. Cada pessoa que fala isso pra mim eu fico muito emocionado, porque é uma conquista pra mim também. Eu dou muito graças a Deus, também, por tudo o que está acontecendo na minha vida, e acho que o Panamá sempre vai estar ali pra mim.
Veja o vídeo da Botafogo TV:
