Home » Letícia Vieira celebra 2025 com estreia em novela, noivado e protagonista: 'Ano especial'

Letícia Vieira celebra 2025 com estreia em novela, noivado e protagonista: 'Ano especial'

by admin

Letícia Vieira, 26 anos de idade, chega ao fim de 2025 com a sensação de realização. Apresentada ao público como Gilda no remake da novela Vale Tudo, o ano da atriz também foi marcado pelo lançamento da série Vermelho Sangue. A trama, gravada em 2023, foi seu primeiro passo na carreira artística.
Saiba-mais taboola
Criada na Baixa Fluminense, Leticia trabalhou como vendedora ambulante e caixa de loja antes de conquistar oportunidades como atriz. “O meio artístico estava muito distante da minha realidade. Fui criada para ser qualquer coisa, menos artista. Meu pai era açougueiro; minha mãe, dona de casa. Nunca tinha sonhado em ser nada além de uma vendedora ou de uma caixa de loja. O teste veio como a ideia de que sonhar é possível, realizar também. Sonhar já era difícil para mim. Cresci em Belford Roxo, lugar de pouco acesso à cultura, sem teatro, sem ONGs que movimentam o setor cultural. É muito bom olhar para trás e dizer para a minha gente: é possível.”
Sobre a fama, ela admite que ainda está se acostumando. “Fico surpresa quando querem tirar foto comigo, quando me reconhecem”,diz, confirmando que teve um momento que foi difícil de “fingir costume” na gravação da vinheta de fim de ano da Globo. “Sou completamente apaixonada e fissurada pela Dira Paes. Ela estava relativamente perto de mim. Em determinado momento, ela se aproximou e falou: ‘Você estava maravilhosa em Vale Tudo. Parabéns pelo trabalho, meu amor’. Achei que não era possível aquele momento estar acontecendo. São momentos assim que me deixam nas nuvens.”
Noiva de Bruno Monte, profissional da área de marketing com quem namora há dois anos, a atriz conta que o casamento nunca foi “um sonhão, mas um desejo”. A maternidade não faz parte dos planos para um futuro próximo. Por enquanto, está feliz como tia de quatro sobrinhos. “Tenho vontade porque amo crianças, mas será mais para frente. Minha sobrinha caçula é a minha cara. Sempre que estou com ela, alguém pergunta se é minha filha.”
Quem: Seu ano foi marcado pela estreia em novelas e o lançamento de uma série no streaming. Que balanço faz de 2025?
Letícia Vieira: Vejo que tive a chance de contracenar com atores que eu já admirava desde criança. Em Vale Tudo, foi muito mágico olhar um lado e ver Taís Araujo, olhar para o outro e ver Matheus Nachtergaele. Foi muito bom entender a engrenagem que é fazer novela, quem impulsiona essa máquina que é a televisão brasileira. Foi um ano de muito aprendizado. Pensando na vida como uma escola, eu diria que Vale Tudo foi meu primeiro dia de aula (risos). Depois, em outubro, lançamos Vermelho Sangue, mas é um projeto que tinha gravado em 2023.
Letícia Vieira e Taís Araujo, como Gilda e Raquel, na novela ”Vale Tudo’
Manoella Mello/Globo
E foi sua primeira experiência como atriz, certo? Estava ansiosa para ver o resultado deste trabalho?
O lançamento veio depois de dois anos de termos gravado. Foi meu primeiro trabalho como atriz. Eu olho para este trabalho como espectadora. Com certeza, 2025 tem sido um ano especial.
Luna, sua personagem em Vermelho Sangue, é um papel central. Isso teve algum peso para você?
Meu primeiro traballho como atriz já foi como protagonista, aos 23 anos. Até então, eu trabalhava em outras áreas. A oportunidade veio de um jeito curioso. Tinha feito um teste para a série Justiça, mas não passei. Meses depois, me chamaram para um novo teste. Fiz, mas ainda não sabia que era para protagonista de Vermelho Sangue. Quando cheguei, tinham outras nove meninas. Fiquei completamente assustada. Nunca tinha feito teste presencial. Até então, havia feito selftapes. Foram semanas de testes até ser aprovada. Tive a sorte de contar com um elenco brilhante, além de ser uma história bem lúdica. Minha personagem é uma menina que vira lobo-guará em noites de lua cheia.
Letícia Vieira e Alanis Guillen caracterizadas como Luna e Flora em ‘Vermelho Sangue’
Divulgação/Globoplay
Você disse que trabalhava em outras áreas. Quais?
Já fiz muita coisa. Fui caixa de loja, vendedora ambulante, modelo. Como atriz, acho muito louco poder ser outra pessoa.
Diferentemente de Vale Tudo, que trouxe o realismo do cotidiano, Vermelho Sangue é uma fantasia. Seus primeiros personagens permitiram diferentes construções.
A Luna é uma menina muito diferente de mim, é introspectiva e teve uma vida muito limitada pela mãe. Ela se apaixona mais tarde, não tinha tantos amigos na escola. A história de Vermelho Sangue tem assuntos bem contemporâneos. Sou fã da Rosane Svartman e da Claudia Sardinha, autoras da trama. Já a Gilda, de Vale Tudo, foi uma personagem mais perto da minha realidade. Em Vermelho Sangue, tudo era um desafio. Quando a Gilda veio, eu já tinha certa experiência em set. Entendia bem pouquinho, mas já entendia (risos). Em Vale Tudo, eu tive que voltar um pouco para a minha história — dos tempos que morava em Belford Roxo e trabalhava como ambulante –, para contar a história de uma menina com uma experiência próxima ao que já vivi. Pude escutar conselhos de mestres como Taís Araujo e Matheus Nachtergaele.
Ser atriz era um desejo de infância ou uma oportunidade que surgiu e você abraçou?
O meio artístico estava muito distante da minha realidade. Fui criada para ser qualquer coisa, menos artista. Artista era para ser visto na televisão. Meu pai era açougueiro; minha mãe, dona de casa. Nunca tinha sonhado em ser nada além de uma vendedora ou de uma caixa de loja. O teste veio como a ideia de que sonhar é possível, realizar também. Sonhar já era difícil para mim. Cresci em Belford Roxo, lugar de pouco acesso à cultura, sem teatro, sem ONGs que movimentam o setor cultural. O teste foi um portal de possibilidades para mim. É muito bom olhar para trás e dizer para a minha gente: é possível.
Letícia Vieira
Bruna Sussekind
Quem te apoiou?
Minha família. Fiz muitos testes até o de Vale Tudo. Fiz teste para novela das 6, das 7… E levei muitos nãos.
Sabe dizer quantos “nãos” levou?
Ah, vários! Antes, tive um ano inteiro só de não, não, não (risos). Foi difícil. Tinha acabado de chegar na profissão. Precisei lidar com a frustração. Aprendi que a personagem te escolhe. A Luna me escolheu, a Gilda me escolheu.
Como foi receber um “sim”?
Quando passei para o teste de Vale Tudo, a primeira pessoa que liguei foi o meu pai. Ele queria saber qual seria o papel, mas ainda não sabia qual seria. A Patrícia Rache [produtora de elenco] me ligou e falou: ‘Letícia, você passou para Vale Tudo. Ainda não posso te falar muito sobre a personagem porque ela está passando por uma adaptação do que foi na versão original. Só posso dizer que você passou e vai contracenar com a Taís’. Liguei para o meu pai, ainda vivo, e falei a ele: ‘Farei Vale Tudo e vou atuar com a Taís Araujo’.
Letícia Vieira
Bruna Sussekind
Seu pai chegou a te ver no ar?
Não. Ele faleceu no nosso promoday, no dia em que estávamos divulgando a novela. Ele chegou a ver um trailer de Vermelho Sangue, aparecia em uns 10 segundos e, mesmo assim, ele quis reunir a família na sala (risos). Acho que esse sonho da carreira artística era, talvez, o sonho do meu pai. Ele falava que iria me ver na televisão. Escutei isso desde sempre.
Atualmente, sua base é no Rio?
Sim. Eu fiquei noiva em 2025 e moro com meu noivo (Bruno Monte). Tenho duas irmãs, quatro sobrinhos e minha mãe. Eles são minha base, minha bolha. Além deles, tenho dois melhores amigos, Renan e Caribe, que são como irmãos para mim.
Já traça metas para 2026?
Sim, eu tenho meu caderninho. Escrevo o que quero, faço a minha macumbinha com o que desejo para o próximo ano. Gosto de deixar organizado. Quero estudar, fazer teatro, fazer série, fazer filme. Quero trabalhar muito.
Leticia Vieira e o noivo, Bruno Monte
Reprodução/Instagram
Você contou que ficou noiva. O casamento sempre foi um sonho?
Não é um sonhão, mas é um desejo. Não era meu sonho ter uma superfesta, mas meus pais tiveram um casamento muito bonito. Minha mãe entrou na igreja, usou vestidão… Olha foto que tenho aqui na tela do celular [ela mostra a uma imagem do casamento dos pais]. Acredito no casamento, sou bem romântica. Não penso em casamento com festona, mas quero aquele por do sol. Estamos juntos há dois anos.
Ele te apoia na profissão?
Sim, super. Ele trabalha na área de marketing e me dá um super apoio. É meu melhor amigo, meu parceiro.
Ele não teve ciume das suas cenas românticas?
Que nada! No dia que ele viu o Leandro Léo [ator que interpretou Pascoal, seu par romântico em Vale Tudo], ele já foi conversar, ficaram amigos. Na própria trama, era um romance construído na amizade. Não era um romance avassalador.
Letícia Vieira
Bruna Sussekind
Como é sua vida fora do ambiente profissional?
Amo estar em contato com a natureza. Ou estou em alguma cachoeira, ou estou na praia. Amo água. Eu me exercito, gosto de correr, sou um pouquinho vaidosa. O que mais gosto de fazer é reunir minha família inteira para comer um churrasquinho e escutar um pagodão. Parte da minha família mora em Belford Roxo, outra parte vive em Guaratiba.
Seus sobrinhos te assistem?
Eles amam. Minha sobrinha mais velha tem 15 anos e amou Vermelho Sangue. Os outros são novinhos e estão começando a entender.
Esse convívio com crianças te dá vontade de ser mãe?
É um sonho, um desejo. Tenho essa vontade porque amo crianças, mas será mais para frente. Minha sobrinha caçula é a minha cara. Sempre que estou com ela, alguém pergunta se é minha filha. Outro dia, perguntaram sobre ela até na porta dos Estúdios Globo (risos).
É um hábito relativamente recente essa abordagem dos fãs na porta dos Estúdios Globo. Como você encara o reconhecimento?
Acho de uma coragem essa galera que vai para a porta dos Estúdios. Afinal, nunca se sabe se o artista vai passar por lá. Sinto que já fui como eles. Sou da Baixada Fluminense. Quando ia para os shoppings da Barra da Tijuca e via famosos, ficava com aquela sensação de ‘uaaaaau, meu Deus, a Cris Vianna está aqui’ (risos). Hoje, sou daquelas que não vê problema em tirar foto, pergunto se ficou boa, se quer tirar mais uma… Mas ainda fico surpresa quando querem tirar foto comigo, quando me reconhecem. Ainda estou me acostumando, mas acho o maior barato.
E você encara a fama com os pés no chão? Ou já se pegou em algum momento de deslumbre?
Teve um momento, sim. Quando gravei a vinheta de fim de ano da Globo, estava com a minha irmã. Sou completamente apaixonada e fissurada pela Dira Paes. Ela estava relativamente perto de mim. Em determinado momento, ela se aproximou e falou: “Você estava maravilhosa em Vale Tudo. Parabéns pelo trabalho, meu amor”. Achei que não era possível aquele momento estar acontecendo. São momentos assim que me deixam nas nuvens. Fico feliz quando alguém que admiro já viu o meu trabalho. Sempre via essa vinheta de fim de ano da Globo. Foi uma briga na minha família até decidir que iria comigo. Participei com vários ícones e levei minha irmã. Foi demais.
Letícia Vieira
Bruna Sussekind
Initial plugin text

Créditos

You may also like