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Na quinta-feira (13/11), representantes do Human Rights and Climate Change Working Group (Grupo de Direitos Humanos e Mudança do Clima) se manifestaram na “Blue Zone” da COP 30, em Belém. O ato aconteceu em solidariedade aos ativistas injustamente presos ao redor do mundo, que não podem participar das negociações climáticas.
Os manifestantes usaram camisetas e estandartes com fotos de sete defensores dos direitos humanos que estão sendo perseguidos. Além das fotografias, faixas continham os slogans “Não há justiça climática sem direitos humanos” e “Libertem todos”. O objetivo era chamar atenção pública para casos de pessoas reais que hoje são silenciadas por leis restritivas, campanhas de difamação, detenções arbitrárias ou ataques (tanto físicos quanto virtuais).
Em entrevista para Fórum, a ativista dos direitos humanos, justiça climática e igualdade de gênero, Zahra Al Hilaly, afirmou que
“A liberdade das pessoas está profundamente ligada à liberdade de nossa pátria, a terra que nos sustenta, nossa resistência. Estamos aqui não apenas para pedir a proteção da terra, mas também para pedir a proteção das pessoas que cuidam da terra. Nos últimos 75 anos, minha casa na Palestina foi completamente bombardeada”.
O movimento defende que são as pessoas que protegem o planeta, principalmente os povos originários e indígenas. Sendo assim, é preciso também proteger as pessoas para que a justiça climática seja possível.
Durante o ato, os ativistas distribuíram panfletos contendo a história das 7 vítimas retratadas nos cartazes. Restrições impostas pela Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas impediu que os manifestantes escrevessem os nomes e países das vítimas nas camisetas.
Conheça a história das vítimas
Lino Pereira é representante da Comissão Indígena da Verdade (Tape Rendy Avaete Aty), que defende os direitos do povo indígena Avá Guaraní Paranaense. Seu território, que se estende por ambas as margens do rio Paraná (Brasil e Paraguai), foi prejudicado pela usina hidrelétrica de Itaipu. Desde então, ele tem sido ameaçado e perseguido por suas reivindicações por justiça para seu povo.
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