Louise D’Tuani mergulha nas inquietações contemporâneas no teatro e conta segredo para desacelerar no cotidiano

Em um mundo hiperprodutivo, muitas mulheres se cobram em todas as áreas. Como você enxerga a maternidade dentro desse contexto e como lida com as expectativas sociais?
Eu me livrei um pouco das expectativas externas. Posso dizer que até pouco tempo atrás o olhar do outro tinha um peso enorme. Até eu começar a me questionar, questionar os meus desejos, minhas próprias expectativas, apreciar meu caminho, minhas conquistas sem tantas cobranças. A maternidade trouxe outro ponto de vista sobre tudo isso. Tanto de olhar para o trabalho e entender que eu amo fazer o que faço, mas que, para além de atuar e produzir, eu tenho muitos outros caminhos para explorar. E que vou fazer isso porque é da minha natureza, então não preciso ter medo, nem pressa. E também de sentir que o trabalho não precisa ter esse tamanho. Tem outras coisas que dão sentido à vida. Ver o Caetano crescendo… Olhar a vida através dos olhos dele. Educar. Criar… Tem sido a minha melhor experiência agora.