Uma cena incomum chamou atenção em frente à sede da COP30, em Belém, no Pará, nesta quinta-feira (6/11). A ativista Luisa Mell apareceu nua, com o corpo pintado como o planeta Terra em chamas, deitada em um prato cenográfico e “espetada” por um garfo gigante. Atrás, um cartaz pedia: “Por favor, seja vegano!”.
A performance, realizada em parceria com a organização internacional Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), teve o objetivo de criticar o menu da conferência, que oferece apenas 40% de opções veganas ou vegetarianas.
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Para a ativista, a pecuária segue como a principal causa de desmatamento e emissões de metano no Brasil: “A Amazônia é destruída para virar pasto e para plantação de soja e milho, que não é para nos alimentar, mas para alimentar animais da indústria do mundo inteiro. É isso que está acontecendo. Muitas pessoas não sabem, mas todos nós seremos prejudicados em pouquíssimo tempo. Então estou aqui para implorar, pedir a Deus, pedir a vocês, compartilhem. A gente sabe que isso chama atenção. E para essa causa, pelos animais, pelo planeta, pelo futuro do meu filho, eu estou aqui”, argumentou.
Luisa também explicou o simbolismo da pintura corporal, afirmando que representa o planeta “sendo devorado” e que o fogo é reflexo da destruição causada pelas escolhas alimentares. Segundo ela, a ação é um pedido de urgência nas políticas ambientais.
Emocionada, a ativista afirmou que o protesto também é um ato pessoal. “Infelizmente, a gente sabe que o agronegócio manda no nosso país, mas e o nosso futuro? Vocês sabem, eu tenho um filho de 10 anos, e estou aqui por ele. Vocês sabem que eu nunca tirei a roupa assim, mas é por isso, para chamar atenção mesmo. Vão falar que é para aparecer, mas é para aparecer a causa, para ver se o mundo acorda. A gente tem pouco tempo para mudança, pouquíssimo tempo”, declarou.
A COP30, que reúne líderes de dezenas de países para discutir metas de combate à crise climática, terá início oficial no próximo dia 10. Luisa também deu sua opinião sobre o evento: “Como a gente pode discutir soluções em uma COP e, ao mesmo tempo, ‘comer’ nossas florestas, contribuindo e financiando toda essa destruição? Mais uma vez, a hipocrisia. É um assunto que a maior parte dos governos não encara de frente, mas a própria ONU já disse que é impossível reverter o aquecimento global sem uma transição alimentar. Então por que, na própria COP, a gente não tem uma alimentação vegana?”, disse Luisa ao portal Quem, demonstrando forte crítica à postura da organização.
Luisa Mell promete ainda continuar participando das ações paralelas que pedem transição alimentar global e o fim dos subsídios à pecuária industrial. Em seu perfil no Instagram, ela se descreve como “pioneira na causa animal”, “ativista vegana” e “presidente do Instituto Luisa Mell de Proteção Animal e ao Meio Ambiente”.




