O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou em sua conta na rede social X um vídeo com agradecimento que chamou de “parcial” ao presidente americano, Donald Trump, pela retirada do tarifaço de 40% sobre café, carnes e outros itens da pauta de exportação do Brasil para os Estados Unidos.
Lula disse estar feliz com a notícia da retirada da tarifa adicional de 40%, embora reconheça que a medida ainda não contempla tudo o que o Brasil almeja.
“Acabo de receber uma notícia que me deixou feliz. Não é tudo que quero, não é tudo que o Brasil precisa, mas é uma coisa importante”, afirmou ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Logo após o anúncio dos Estados Unidos, Lula afirmou que Trump está convidado a visitar o Brasil “quando quiser”. Disse ainda esperar um convite para ir a Washington, com o objetivo de “zerar qualquer celeuma” comercial ou política entre os dois países.
Dirigindo-se diretamente a Trump, Lula acrescentou que, “se em apenas duas conversas já chegamos ao que chegamos hoje, acho que com três ou quatro conversas nós iremos fazer com que Brasil e Estados Unidos possam viver em harmonia politicamente e comercialmente”.
Lula disse que a retirada das tarifas é um sinal muito importante para a relação civilizada entre os dois países. Apesar disso, ele afirmou que agradeceria ao presidente norte-americano apenas parcialmente. “Vou lhe agradecer parcialmente, e vou agradecer totalmente quando tudo estiver acordado entre nós”.
No vídeo, Alckmin reitera que, após a conversa entre Lula e Trump, abriu-se uma avenida de entendimento entre os dois países. “Esses avanços significam emprego, desenvolvimento, mais comércio exterior”, comentou.
Haddad afirmou acreditar que, aos poucos, o jogo será “zerado” entre Brasil e Estados Unidos, permitindo que prevaleça o que realmente importa, que é o adensamento de cadeias produtivas, o aproveitamento dos minerais brasileiros para produzir carro elétrico, bateria e energia limpa no país, e não a imposição de sanções.
“Vai prevalecer o bom senso, porque o senhor (Lula) é homem do diálogo, tem muitas décadas de vida pública, interagiu com líderes do mundo inteiro, dos cinco continentes. E eu penso que com sua habilidade, clareza, eu acho que vai prevalecer a amizade entre os dois povos. Estados Unidos de um lado e Brasil de outro significa amizade de mais de dois séculos, dois séculos de parceria. Precisamos de mais investimentos, mais comércio, mais entendimento, integração”, disse ao lado de Lula.
