Lulu Santos falou sobre o susto de saúde que o levou a desacelerar a carreira. Em entrevista ao “Conversa com Bial”, o cantor revelou o diagnóstico de uma doença autoimune, explicou o impacto na rotina e refletiu sobre essa nova fase.
Lulu Santos relembrou um momento delicado de sua saúde. Em entrevista no “Conversa com Bial”, exibida nesta sexta-feira (12), o cantor explicou a decisão de desacelerar a carreira após a descoberta de uma doença autoimune e contou como o episódio mudou sua relação com o trabalho, o tempo e a própria vida.
Durante a conversa, Lulu revelou que a pausa profissional não foi uma escolha, mas uma necessidade imposta por um problema sério de saúde. O cantor contou que tudo começou de forma inesperada, no meio do ano passado, quando apresentou sintomas que inicialmente foram tratados como dengue.
“Foi um susto de saúde que eu tive no meio do ano passado. Do nada eu apareci com uma vasculite”, afirmou. Segundo ele, apesar do primeiro diagnóstico, os sinais já indicavam algo mais grave: “Na primeira, fui diagnosticado com dengue, ainda que eu apresentasse os sinais aparentes da púrpura, que são manchas vermelhas pelo corpo inteiro, quase como escaras”.
Além das manchas pelo corpo, Lulu enfrentou limitações físicas. “E teve também uma coisa reumática que eu perdi o uso das mãos, não conseguia colocar as meias”, relatou. O quadro o obrigou a interromper uma turnê que ele considera a maior dos últimos dez anos. “Eu tive que cancelar inúmeros compromissos, muitos shows (…) fiquei dez dias fora do ar e voltei (a ser internado) por dez dias de novo”, explicou. Na segunda internação, veio o diagnóstico definitivo da vasculite púrpura, uma condição inflamatória dos vasos sanguíneos.
Mesmo após receber alta, o cantor precisou lidar com os efeitos do tratamento. Ele lembrou que chegou a subir ao palco do Rock in Rio em condições delicadas. “Quando voltei, por exemplo, fiz o Rock in Rio, eu estava entupido de corticoide, inchado”, contou.
Segundo Lulu, a quantidade de medicamentos afetava diretamente seu bem-estar: “Durante a crise de púrpura, eu mal conseguia ficar de pé. Pela quantidade de medicação que estava tomando, tinha um mal-estar permanente. Eu era uma daquelas pessoas que andavam pelo hospital com uma batinha, a bunda aparecendo e seu intravenoso. Passei cinco dias sem conseguir comer. Nunca tinha passado por uma situação de saúde assim. Foi a pior que eu passei na minha vida”.
A experiência o levou a uma reflexão sobre fragilidade da vida. Ele afirmou que hoje entende que nem sempre precisa estar em evidência. “Estou concebendo que não estou o tempo todo em cena. Às vezes estou apenas lendo o jornal, como qualquer outra pessoa”, disse.
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