O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou no sábado (6) a união dos povos do mundo em apoio ao povo venezuelano diante das ameaças dos Estados Unidos contra seu país e outras nações da região.
“Foi um evento histórico no qual milhões de homens e mulheres se tornaram um tecido de força gigantesca, diversa e espontânea”, escreveu o presidente venezuelano em seu canal no Telegram.
Durante o Dia Mundial de Solidariedade contra a Agressão dos Estados Unidos no Caribe e, em especial, contra a Venezuela, Nicolás Maduro agradeceu as recentes mobilizações e marchas realizadas em diversos países em protesto contra as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e seus aliados contra o povo venezuelano.
O chefe de Estado afirmou que a “Venezuela não está sozinha!” e que “nenhum império conseguirá silenciar nossa voz!”.
Além disso, condenou as tentativas de provocar uma guerra na região do Caribe com o objetivo de se apoderar dos recursos minerais e energéticos da Venezuela.
Nicolás Maduro também expressou sua rejeição às execuções extrajudiciais realizadas pelo governo dos Estados Unidos no Caribe nas últimas semanas, eventos que resultaram na morte de pelo menos 80 pessoas, a maioria das quais permanece não identificada.
Mobilização
Uma pesquisa CBS News/YouGov, divulgada em novembro, indicou que 70% da população dos Estados Unidos se opõem a uma intervenção militar na Venezuela. Apenas 24% dos entrevistados dizem que a administração Trump explicou de forma clara sua posição sobre uma ação militar no país comandado por Nicolás Maduro. Além disso, somente 13% consideram a Venezuela uma grande ameaça.
De acordo com a organização estadunidense Workers World Party [Partido Mundial dos Trabalhadores], além dos Estados Unidos, também houve protestos no Canadá, Austrália, Reino Unido, República Dominicana, Alemanha, Grécia, Irã, México, Nepal e Paquistão.
Preparado para dar uma resposta contundente
Ao presidir a cerimônia de posse dos “Comandos Bolivarianos Integrais” do estado de Monagas, o secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, afirmou que as Forças Armadas estão preparadas para dar uma “resposta enérgica” a qualquer “agressão”, no contexto da crescente tensão em torno da presença militar dos Estados Unidos no Caribe.
O representante do PSUV afirmou que a Revolução Bolivariana é “pacífica, mas não desarmada” e acrescentou que o presidente Maduro ordenou, meses atrás, uma “resistência ativa prolongada”, mas também uma “ofensiva permanente” para defender o país.
Diosdado Cabello explicou que a Venezuela mantém “uma resistência ativa prolongada”, o que significa que o país não para e continua trabalhando, aproveitando cada dia, mas atento aos detalhes. “Não podemos nos deixar encurralar por ninguém”.
“Todos os dias uma ameaça. Por que fazem isso? Porque pensam que podem nos destruir através do medo . E eles não nos conhecem. Não sabem do que somos feitos”, enfatizou Cabello, que é também ministro do Interior.
Forças Armadas “Coesas”
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, por sua vez, afirmou que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) permanecem “coesas” como “nunca antes na história da Venezuela”.
Em um evento na capital venezuelana, Padrino López afirmou que, “sob a liderança de Maduro”, o país se defenderá “quando necessário” para “manter a integridade” da pátria.
