Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para, novamente, manter a Selic em 15%, o mercado abre os negócios atento ao exterior. A manhã é relativamente tranquila, com algum viés de alta do dólar frente a outras moedas fortes; valorização dos futuros dos principais índices acionários em Nova York; e avanço nos preços do petróleo no mercado internacional, enquanto investidores aguardam dados dos Estados Unidos e discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Em meio às pressões que a Casa Branca tem feito sobre o banco central americano, a participação da diretora do Fed Lisa Cook em evento no Brookings Institute (16h) será acompanhada de perto. Isso porque, de acordo com o presidente do banco central americano, Jerome Powell, há um apoio crescente dentro do Fed para manter os juros parados em dezembro. Por enquanto, a maior parte do mercado ainda prevê uma redução nas taxas em dezembro, mas um apoio de uma integrante do “board” a uma pausa pode aumentar as dúvidas entre os investidores.
Nesse sentido, e diante da ausência de dados oficiais, o mercado observa com atenção, ainda, o comportamento dos índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial americano elaborados pela S&P Global e, em especial, pelo ISM. A abertura dos indicadores, com os dados de preços e de emprego, ganha relevância diante do “shutdown” que tem impedido a divulgação dos números oficiais da economia dos EUA.
A dinâmica do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, assim, deve ser chave para os investidores, no momento em que algum otimismo com os ativos domésticos tem voltado à cena. Na sexta-feira, o Ibovespa renovou máxima histórica e se aproximou ainda mais da marca simbolicamente importante dos 150 mil pontos. Nesse sentido, a alta dos preços do petróleo, após a Opep+ ter decidido pausar o aumento na produção no início do próximo ano, pode dar apoio às ações da Petrobras.
Vale notar que, já nesta segunda-feira, com o fim do horário de verão nos EUA, as bolsas de Nova York passam a abrir às 11h30 e a sessão só irá terminar às 18h. E, com isso, a B3 também ajusta os horários de seu funcionamento no Brasil e o Ibovespa encerrará o dia também às 18h. Os horários nos mercados locais de câmbio e de juros futuros não sofrem alteração.
