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Mariana Goldfarb desabafa sobre violência em antigo relacionamento abusivo: 'Nunca foi amor'

by admin

Mariana Goldfarb, de 35 anos de idade, fez um forte desabafo ao protagonizar uma campanha do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre violência contra mulheres nesta quinta-feira (4). Em vídeo, a modelo compartilhou detalhes de um antigo relacionamento abusivo, descrevendo os diversos tipos de violência psicológica que enfrentou.
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“Percebi que estava num relacionamento abusivo desde muito cedo, mas eu não sabia nomear. A violência psicológica não deixa marca visível, mas olhando para trás, eu consigo sim ver ela se transformando no meu corpo em formas de queda de cabelo, olho tremendo, falta de apetite, doença como anorexia”, declarou.
No relato, Mariana não cita agressões físicas, mas aponta para manipulações psicológicas que a afetou profundamente. “Era sempre pisar em ovos e era sempre uma coisa muito extenuante fazer de tudo para que o dia terminasse bem, e não vai terminar bem… Comecei a beber muito, a gente vai procurando subterfúgios para anestesiar a dor”, confessou.
Um dos aspectos mais devastadores, segundo ela, foi o isolamento progressivo. “Nenhuma amizade presta. Todas são ruins, todas são invejosas, todas estão querendo ser você, é isso que você escuta. A tua família também não presta. A partir do momento que você tem entorno, fica mais difícil de te manipular. Se for cortando essas pessoas que são tão importantes, você fica muito mais vulnerável”.
Mariana Goldfarb desabafa sobre violência em antigo relacionamento abusivo
A modelo também abordou a dificuldade de sair da relação e os julgamentos que enfrentou. “Eu escutei muito: ‘mas por que você não sai? Mas por que você não larga?’ Não é simples você sair, existe ali uma dependência. O problema dessa relação é que ela vai na tua identidade. A partir do momento que você não sabe mais quem você é, é como se a gente fosse zumbi”, explicou.
Mariana se emocionou ao relembrar o momento em que deu um basta na situação. “Consegui sair num momento que eu tinha só mais cinco por cento de oxigênio. Ou eu usava aquele cinco por cento naquele momento, ou ali eu ia morrer. Era o último respiro”.
Por fim, ela incentivou outras mulheres ao mostrar que há caminhos para se livrar do relacionamento abusivo. “Essa saída existe, ela é possível. Relação saudável existe. Se você está num lugar que te apequena, sai, porque não tem nada mais importante que a sua vida”, aconselhou.
A modelo enfatizou os sinais de abuso que não devem ser normalizados. “Jogar alguma coisa em você, jogar uma garrafa d’água na tua direção, bater a porta, gritar, fazer tratamento de silêncio, te diminuir, ter ciúme excessivo, te controlar, te podar, te castrar, não é normal”.
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