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Médica goiana que sequestrou recém-nascido volta à prisão acusada de matar mulher para ficar com marido e filha | G5News

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Médica goiana que sequestrou recém-nascido volta à prisão acusada de matar mulher para ficar com marido e filha | G5News

MÁRIO ANDREAZZA

REDAÇÃO G5

A médica Cláudia Soares Alves, de Itumbiara (GO), voltou à prisão menos de um ano após ter sido detida por sequestrar um bebê do colo da mãe em um hospital de Uberlândia (MG). Desta vez, ela é suspeita de ter planejado e participado do assassinato de uma farmacêutica em 2020, também em Uberlândia, com o objetivo de ficar com o ex-marido e a filha da vítima.

A prisão faz parte de uma operação conjunta das Polícias Civis de Minas Gerais e Goiás, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5). Além da médica, dois homens — pai e filho, vizinhos dela — foram presos. Todos são apontados como envolvidos na morte premeditada da farmacêutica, que foi executada quando chegava ao trabalho, há cinco anos.

Segundo o delegado Eduardo Leal, da Polícia Civil de Minas Gerais e responsável pelo caso, a motivação do crime foi “claramente pessoal”.

“Em 2020, ocorreu o homicídio covarde de uma farmacêutica em Uberlândia, quando chegava ao seu local de trabalho, às sete da manhã. As investigações apontaram a senhora Cláudia e outros dois indivíduos de Itumbiara como autores do crime”, explicou o delegado.

De acordo com Leal, Cláudia mantinha um relacionamento com o ex-marido da vítima. O casal tinha uma filha, e a médica, obcecada por ser mãe de uma menina, teria planejado eliminar a farmacêutica para assumir o papel de mãe e companheira do homem.

“Ela pretendia tirar o poder familiar da vítima e assumir a maternidade da criança. A vítima havia proibido o ex-marido de visitar a filha quando estivesse na companhia da Cláudia, e esse teria sido um dos fatores do rompimento do relacionamento”, afirmou o delegado.

As autoridades acreditam que Cláudia articulou a execução da vítima com o auxílio dos dois vizinhos, pai e filho, que também foram detidos. As investigações apontam que a motocicleta usada no crime pertencia a um deles, enquanto a placa era de outro veículo da dupla, uma tentativa de despistar a polícia.

Obsessão por ser mãe de menina

Durante as buscas realizadas na casa da médica em Itumbiara, os agentes encontraram indícios de uma fixação intensa por maternidade, especialmente por ter uma filha mulher. Segundo o delegado, Cláudia teria “uma obsessão doentia por ser mãe de uma menina”.

Dentro da residência, havia um quarto totalmente pintado de rosa, com roupas infantis, berço e até uma boneca bebê reborn dormindo no berço, em uma cena cuidadosamente montada. “Tudo indicava que aquele quarto estava preparado para uma criança que nunca existiu”, disse o delegado.

A investigação também constatou que a médica tentou adoções fraudulentas com documentos falsosnegociou a compra de um bebê na Bahia e, posteriormente, sequestrou uma recém-nascida em Uberlândia, crime pelo qual ficou presa em 2024 após ter sido localizada pela polícia em Itumbiara.

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Prisão e encaminhamento

Os três presos foram levados inicialmente à Delegacia Regional de Itumbiara, onde permaneceram sob custódia até serem transferidos para Uberlândia, onde as investigações estão concentradas. Eles cumprem mandados de prisão temporária de 30 dias, que podem ser prorrogados por igual período ou convertidos em prisão preventiva.

O caso segue em fase final de investigação. A Polícia Civil de Minas Gerais ainda analisa novas provas periciais e quebras de sigilo que podem detalhar a participação individual de cada suspeito na execução.

Enquanto isso, a história de Cláudia Soares Alves volta a chocar tanto a comunidade médica quanto os moradores de Itumbiara e Uberlândia. O caso, que mistura obsessão, manipulação e crimes de extrema frieza, expõe uma trajetória marcada por tentativas frustradas de maternidade e por atos criminosos que colocaram em risco a vida de inocentes — inclusive bebês.

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