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Ministro da Fazenda prevê alocação de US$ 10 bi em fundo florestal

by admin
Ministro da Fazenda prevê alocação de US$ 10 bi em fundo florestal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o Fundo para Florestas (TFFF), lançado pelo Brasil para mobilizar incentivos financeiros para preservação de florestas tropicais, deve passar dos US$ 10 bilhões arrecadados durante a presidência do Brasil da COP 30, que vai até dezembro de 2026.

— Acredito que vamos superar durante a presidência do Brasil, os US$ 10 bilhões. Eu acredito que o Brasil ainda possa se surpreender e ambicionar mais, porque tanto os Países Baixos, quanto Emirados Árabes e China também manifestaram apoio com o fundo — disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.

Há uma grande expectativa do governo brasileiro sobre a arrecadação do fundo, que tem uma meta de US$ 10 bilhões estabelecida. Na última quinta-feira, a Noruega anunciou um investimento de US$ 3 bilhões, e, no total, o Brasil obteve US$ 5,5 bilhões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter um econtro bilateral com o chanceler alemão, Friedrich Merz, para tratar sobre investimento ao fundo. O governo brasileiro tem a expectativa de que a Alemanha siga os passos da Noruega. No entanto, como o GLOBO revelou, fontes europeias alegam que essa expectativa poderia ficar frustrada.

O ministro da Fazenda, por outro lado, acredita que o país europeu deve anunciar investimento até o final do ano.

— A Alemanha não vai se furtar a ajudar o fundo de florestas, eu calculo que até o final desse ano, a Alemanha anuncie , até porque estamos para fechar o acordo Mercosul-União Europeia, depois de uma longa negociação, oque também é uma boa nova para o mundo — disse Haddad na entrevista desta segunda.

Questionado sobre a taxa básica de juros, que está estabelecida em 15% ao ano pelo Banco Central (BC), o maior patamar registrado na série histórica, Haddad disse que há espaço para corte na Selic. Segundo ele, essa opinião é compartilhada, inclusive, por representantes de bancos.

— Essa opinião também é avalizada pelos bancos que se reuniram comigo hoje pela manhã, de que a taxa de juros tem espaço para corte. E não é uma questão pessoal, é uma questão institucional, as pessoas manifestam suas opiniões, o mercado manifesta suas opiniões, o setor produtivo, classse política, analistas, mas quem decide é o BC.

Haddad se reuniu na manhã desta segunda com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

— Uma parte desses players concordam de que já tenha chegado a hora do ciclo de cortes (da taxa de juros). Ninguém deveria se afligir com o debate honesto dessas questões — disse Haddad.

Como mostrou o GLOBO, integrantes do primeiro escalão do governo Lula tem aumentado a pressão sobre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicado por Lula, para um corte na taxa de juros. Na última reunião, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom), decidiu manter o patamar da Selic em 15%, e indicou que deve manter a taxa básica neste patamar por um horizonte longo.

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