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Moro diz que vai processar Daniela Lima: “Jornalista preferida do PT”

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A jornalista Daniela Lima e o senador e ex-juiz Sergio Moro. Foto: Reprodução

O senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) ameaçou processar Daniela Lima, do UOL, após a publicação de reportagem sobre a autorização de grampos ilegais contra autoridades com foro privilegiado durante sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba. Em post no X, ele continuou atacando a profissional, dizendo que ela é “a jornalista favorita do PT”.

“Os áudios de desembargadores do TRF4 que a jornalista preferida do PT afirma terem sido encontrados na 13 Vara não passam de áudios de terceiros gravados legalmente em 2005 nos quais são mencionadas supostas conversas de desembargadores. E nenhum desses desembargadores meramente mencionados passou perto da Lava Jato”, escreveu Moro.

Ele afirmou que Daniela Lima “responderá na Justiça por sua negligência em divulgar falsas acusações sem checar suas fontes e os fatos”.

A reportagem da jornalista aponta que a Polícia Federal encontrou documentos que comprovam a autorização judicial para escutas envolvendo autoridades com foro privilegiado. Entre os materiais analisados estavam um despacho assinado por Moro e um grampo de cerca de 40 minutos.

De acordo com a apuração, as escutas incluem gravações do então presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Heinz Herwig. O monitoramento foi feito  com base em delações de colaboradores no estado, sem autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), exigida nesses casos.

Moro alegou que a notícia é antiga e que os documentos já haviam sido apreendidos em uma operação realizada no início do mês na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele também afirmou que nenhum dos áudios teria sido utilizado em investigações formais.

O ex-juiz argumentou ainda que, à época, o Supremo Tribunal Federal (STF) não exigia autorização judicial para gravações feitas por interlocutores de delatores. Segundo ele, o delator Tony Garcia teria se oferecido para realizar novas gravações e o material não teria gerado consequências práticas.



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