O motorista da van envolvida no acidente que matou Mauri Lima, irmão de Chitãozinho e Xororó, afirmou à PRF que teve um “apagão momentâneo”. As autoridades seguem apurando o caso.
Felix Thiago Oliveira, motorista da van envolvida no acidente que matou Mauri Lima, irmão de Chitãozinho e Xororó, revelou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que sofreu “apagão momentâneo”, segundo o porta-voz da corporação, Allison Prihl. A colisão aconteceu na tarde de domingo (7), na Rodovia Régis Bittencourt, em Miracatu, no interior de São Paulo.
“O motorista da van que colidiu na traseira do caminhão informou que teve um apagão momentâneo e, por isso, ocorreu o acidente“, declarou Prihl à TV Tribuna, afiliada à Globo. A PRF informou que as investigações continuam para o esclarecimento de todas as circunstâncias.
Conforme o g1, as primeiras informações repassadas apontavam que o motorista teria sofrido mal súbito e perdido o controle da van. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Miracatu, onde foi registrado como homicídio culposo – ou seja, quando não há intenção de matar – na direção de veículo automotor.
O porta-voz da corporação explicou que o motorista levava nove passageiros na van quando colidiu na traseira de um caminhão, que estava no acostamento da BR-116 por conta de problemas mecânicos. Outro automóvel também foi atingido, totalizando três veículos envolvidos na ocorrência.
Amauri Prudêncio de Lima, conhecido como Mauri, formava há 35 anos uma dupla sertaneja com outro irmão, Maurício. Douglas Riva, que trabalhava na equipe deles, também morreu no acidente após um show em Curitiba.
A assessoria da dupla informou que Mauri estava no banco do passageiro, ao lado do condutor. Tanto o cantor quanto o membro da equipe morreram no local do acidente. Maurício e o filho de Mauri, Maury, também estavam no automóvel, mas não sofreram ferimentos graves. Eles passam bem.
Em post nas redes sociais, nesta segunda-feira (8), Maury descreveu os últimos momentos do pai. O clima dentro da van, segundo o filho do cantor, era de descontração: “Após almoço, todos despertaram e estávamos alegres, fazendo música, compondo letra, e tínhamos até colocado no som da van, meu pai nunca deixava, mas dessa vez ele se divertiu e deixou“.
O momento, no entanto, foi interrompido de forma abrupta. “Bem em seguida disso, no meio da resenha, eu só vi o motorista virando a van na direção do caminhão parado, onde pegou bem o lugar do meu pai e do meu amigo Douglas Riva. Vi a van internamente destroçada, vi meu amigo desmaiado, outro pedindo ajuda. Quebrei a janela com as mãos, para sair da van, única saída era a janela. Dei a volta e fui no banco do motorista para ver meu pai, ele estava com vida, respirando“, relatou.
O rapaz chamou o socorro e, enquanto aguardava, conseguiu realizar uma ligação para a família. “Eu disse o quanto amava, minha mãe e irmã em chamada falaram com ele. Ele ouviu, chorou, e assim foi seu último suspiro“, completou.
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