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Mulheres do PT defendem protagonismo feminino na ação climática

by admin

TV Câmara

Deputadas do PT durante atividade na COP30

A participação das mulheres do PT na COP30 segue a todo vapor. Na manhã desta quarta-feira (12), diversas companheiras participaram da abertura simbólica da Cúpula dos Povos, maior evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. 

A bordo da Barqueata do PT, sob as a Baía do Guajará, estiveram presentes lideranças petistas como o presidente da legenda, Edinho Silva; a secretária nacional de Mulheres, Anne Moura; a secretária-adjunta nacional de Comunicação, Camila Moreno; as deputadas federais Dilvanda Faro (PA) e Dandara Tonantzin (MG) e a deputada estadual Rosa Amorim (PE), além de companheiras e companheiros de todos os estados.

“Aqui no Amazonas a gente não faz passeata, a gente faz barqueata. Estamos reunidas cheias de energia para mostrar a força e o compromisso do PT com a justiça climática. Foi um encontro de muita força e pertencimento porque quanto o PT chega, chega o povo junto, chega para mostrar que a luta pela floresta também é luta por um Brasil mais justo e humano”, disse a Anne.

A deputada Dandara destacou a potência da Cúpula dos Povos como um espaço que une povos tradicionais, comunidades ribeirinhas e movimentos populares em defesa da Amazônia e da justiça climática. Segundo ela, a presença do PT nesses debates é essencial: “A nossa presença, a presença do PT nestes espaços de discussão, é fundamental.”

A parlamentar Dilvanda Faro reforçou a importância da unidade petista: “Estamos aqui na COP30, no coração da Amazônia, para mostrar ao mundo inteiro as nossas florestas — e, claro, o PT não poderia ficar de fora desta iniciativa.”

Participação das parlamentares petistas em painéis

Na Zona Verde, no Parque da Cidade, as parlamentares do PT Benedita da Silva (RJ), Jack Rocha (ES), Rosa Amorim (PE) e a vereadora Tainá de Paula (RJ) participaram do painel “Cidades que Cuidam – Mulheres Parlamentares pela Adaptação Climática Urbana”, que reuniu lideranças e especialistas para discutir políticas públicas voltadas à construção de cidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis.

A iniciativa destacou o protagonismo feminino na formulação de soluções concretas para a adaptação climática, com foco na equidade de gênero e na proteção das populações mais vulneráveis.

No painel da tarde, a deputada federal Jack Rocha, coordenadora-geral da Bancada Feminina na Câmara, foi enfática: não há transição climática justa sem as mulheres. “Na Câmara, somos apenas 91 entre 513, mas produzimos 40% de toda a atividade parlamentar. E estamos aqui, com a maior bancada feminina da história em um evento internacional, para cobrar o lugar que nos pertence na mesa de decisão. A crise climática não é neutra: ela amplia desigualdades e atinge com mais força mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis. Essa não é uma realidade inevitável, mas o resultado de injustiças históricas.”

A jovem deputada estadual pernambucana Rosa Amorim ressaltou o papel essencial das mulheres na construção de alternativas para a crise climática e social: “As mulheres têm uma sabedoria importante para garantir um projeto de vida pro nosso povo. É delas que vão surgir os principais caminhos para superar a crise e construir um projeto de transformação social.”

A vereadora Tainá de Paula participou do lançamento da Agenda Ambiental Latino-Americana, que classificou como um passo decisivo para fortalecer a integração regional em torno da sustentabilidade. “A gente tem muito para avançar na agenda local, os municípios com peso, por exemplo, isso aqui. E, sem dúvida alguma, a discussão da implementação de financiamento dos governos, nacionais e subnacionais. Essa conta é da implementação. Bora? A colonialidade continua entre nós e com os nossos, só que as fronteiras, elas são econômicas e elas são escravocratas aí. As grandes empresas jamais adaptarão as nossas empresas. As grandes indústrias jamais adaptarão as nossas indústrias. Existe uma disputa econômica em onde as grandes empresas e o grande capital irão migrar, irão fazer a sua transição, mas não vai pagar a conta das empresas e das indústrias e do modo de produzir da Latino-américa”, afirmou a carioca, que também é Secretária Municipal de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio de Janeiro.

Já na tarde de ontem (11), as parlamentares Dandara Tonantzin e Dilvanda Faro (PA) estiveram no painel Mulheres Parlamentares pela Transição Justa – Energia, Emprego e Cuidado, que contou com representante da ONU Mulheres. A atividade destacou que a crise climática aprofunda as desigualdades. Mulheres, sobretudo indígenas e afrodescendentes, devem ser reconhecidas como protagonistas dos planos de adaptação e resiliência. Nenhuma transição será sem mulheres na linha de frente. 

Dandara, presidenta da Comissão da Amazônia, Povos Originários e Tradicionais da Câmara, ressaltou que não há justiça climática sem enfrentar os marcadores da desigualdade. “São marcadores que determinam hoje quem vai dormir com o barulho da chuva e quem vai acordar com medo da enchente levar a sua casa. Determinam quem vai ter condições de sobreviver a um evento extremo e quem vai perder a sua vida. Quem vai conseguir ascender socialmente mediante uma crise climática e quem vai continuar na base da pirâmide econômica, social e política do nosso país. Por isso, defendemos fortemente que tenhamos o recorte de gênero em toda a política de financiamento de transição.”

Já Ana Carolina Querino, representante Interina da ONU Mulheres no Brasil, alertou que as mudanças climáticas afetam de forma diferenciada as pessoas. “Na COP30 a gente tem uma grande oportunidade de aprovar esse novo plano de ação de gênero que reconheça a diversidade entre as mulheres. Se a gente não virar a chave, mudar as normas sociais, se a gente não tiver uma atuação diferenciada, a gente vai perder essa oportunidade de promover mudanças estruturantes na nossa sociedade. De pensar políticas de qualidade, que nos permitam sair da informalidade, tanto no emprego remunerado quanto nos ambientes menos liderados por mulheres nessa transição energética, nessa transição para uma economia de baixo carbono.”

Ambas as agendas foram organizadas pela Comissão da Mulher e Bancada Feminina da Câmara da Câmara dos Deputados.

Da Redação do Elas por Elas


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