O alpinista experiente que “deixou a sua namorada morrer congelada” no topo do pico mais alto da Áustria quebrou o silêncio e postou em rede social uma mensagem sobre o trágico episódio, ocorrido no cume do Grossglockner, a montanha mais alta da Áustria, com 3.799 metros de altitude.
Thomas Plamberger, de 36 anos, prestou homenagem à Kerstin Gurtner, que tinha 33, em publicação no Instagram que já foi apagada — afirmando que a morte dela em 19 de janeiro na montanha Grossglockner “dói demais”, segundo o jornal “Bild”.
“Sinto tanta a sua falta. Dói demais. Para sempre no meu coração. Sem você, o tempo não tem sentido”, escreveu ele.
Ele também teria assinado o obituário escrito pelos pais de Gurtner após a morte dela.
A manifestação ocorreu após Thomas ser formalmente indiciado por homicídio culposo em decorrência de negligência grave, após uma investigação de meses sobre a tragédia. O alpinista pode ser condenado a até três anos de prisão.
Thomas Plamberger e Kerstin Gurtner: tragédia nos Alpes austríacos
Reprodução/Facebook
De acordo com a Promotoria, Thomas abandonou impiedosamente Kerstin para morrer sem sequer levá-la a um local protegido do vento, usar um saco de dormir de bivouac ou cobertores de alumínio para resgate. A acusação argumenta que a vítima tinha muito menos experiência em montanhas do que o namorado, que deveria ter agido como um “guia responsável”.
Em vez disso, ele insistiu em uma perigosa subida noturna para a qual a namorada não tinha o equipamento adequado, usando botas de neve macias em vez de calçados de caminhada.
Thomas deixou a namorada sozinha supostamente para buscar ajuda às 2h da manhã, mas os socorristas só chegaram até ela às 10h, quando ela já havia morrido congelada devido às condições climáticas extremas.
De acordo com a imprensa local, o julgamento de Thomas deverá começar em fevereiro.
Créditos
Namorado de alpinista 'deixada para morrer em montanha' nos Alpes quebra o silêncio: 'Sinto tanto a sua falta'
0
previous post
