“Para comunicar a criança ou ao adolescente sobre a separação, quando possível, é interessante ter os dois responsáveis juntos, explicando que essa é uma escolha que visa o melhor para cada um e para a criança. Jamais falar mal de um ou do outro, evitar brigar na presença da criança. O principal é deixar claro que não há nenhuma responsabilidade da criança nesta decisão”, explica ela, que vê em seu consultório muitos casos de crianças que, em suas fantasias, se culpam pela separação dos pais. “Elas também se deparam com o medo do rompimento de relações, achando que o pai ou a mãe podem se afastar dela. Por isso, é importante marcar o amor pela criança. Apresentar algum plano de como será a vida dela, onde cada um vai morar, como será a rotina, e garantir que ela terá sempre a presença do pai e da mãe. Para minimizar essas inseguranças, os pais devem demonstrar aos filhos que, mesmo não sendo mais um casal, eles continuam em parceria no processo de cuidado e educação dessa criança”.
Número de divórcios em alta no Brasil reforça alerta para quadro de ansiedade e depressão em crianças
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