Leão XIV esteve na tarde desta quinta-feira (18/12), no Palácio da Minerva para visitar a exposição, organizada por ocasião do Jubileu, dedicada ao antigo artefato. Acompanhado pelo cardeal Parolin, foi recebido pelo presidente do Senado, La Russa. O Pontífice descobriu o véu colocado sobre a imagem do Menino Jesus no Presépio.
Salvatore Cernuzio – Vatican News
“Viva o Papa”, “Papa Leão!” e também “Força Roma!”. Em torno do elefantinho, a famosa estátua de mármore do obelisco posicionado sobre o dorso de um elefante, símbolo da Piazza della Minerva, formou-se uma pequena multidão assim que se soube que o Papa estava prestes a chegar.
Leão XIV, por volta das 14h45 de hoje (hora local), chegou à Biblioteca do Senado para visitar em particular a exposição, montada na Sala Capitular por ocasião do Jubileu, dedicada à Bíblia de Borso d’Este, o manuscrito miniatura em dois volumes, realizado entre 1455 e 1461. Uma exposição rica em história e significado que torna visível ao público – cem anos após sua primeira exposição pública – uma obra mostrada apenas em ocasiões muito raras.
Almoço na Nunciatura Italiana
O Papa chegou à Biblioteca do Senado depois de almoçar na Nunciatura Apostólica junto ao Estado Italiano, na via Po, em vista das festas natalinas. Logo depois, ele foi de carro até o centro de Roma, atrás do Panteão, para entrar no Palácio da Minerva. Ele foi recebido pelo presidente do Senado, Ignazio La Russa, acompanhado pelo secretário-geral do Senado, Federico Silvio Toniato. Ao lado do Pontífice, estava o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin.
O Papa diante do Presépio. (@Vatican Media)
A visita
Na Sala do Arquivo, conforme informado pela Sala de Imprensa da Santa Sé em seu canal Telegram, Leão XIV cumprimentou brevemente os vice-presidentes, os questores e os presidentes dos Grupos do Senado. Em seguida, retirou o véu colocado sobre a imagem do Menino Jesus no presépio tradicional. Acompanhado por La Russa e Toniato, dirigiu-se então à Sala Capitular, onde está montada a exposição.
O próprio Toniato explicou ao Papa o percurso que conta a gênese desta obra e ilustrou a cópia disponibilizada aos visitantes para que pudessem folhear o manuscrito (o original está exposto numa vitrine). Leão também tocou essas páginas da Bíblia.
Papa assina o livro de honra (@Vatican Media)
A saudação do povo e o canto do coro
Tudo durou cerca de vinte minutos. La Russa ofereceu ao Papa uma martinella, a campainha com que o presidente do Senado chama à ordem na sala, personalizada e com uma dedicatória. Outra dedicatória foi deixada por Leão XIV ao assinar o livro de honra. Por volta das 15h02, saiu do Palácio da Minerva entre os coros e as saudações do povo e o canto tradicional do Adeste Fideles entoado pelo Coro polifônico do Palácio Madama.
“Foi uma grande honra”, disse La Russa aos repórteres do lado de fora da Biblioteca, “um momento de reflexão para os crentes e, acredito, também para os não crentes, pelo que a figura do Papa representa como anseio de amor e paz, especialmente na proximidade do Natal”.
