Oficina é aberta ao público geral e direcionada a artistas visuais, educadores, agentes culturais e estudantes –
A CAIXA Cultural Salvador promove, entre os dias 18 e 21 de dezembro, a oficina Retomadas Visuais: a arte indígena e o reencantamento das cidades, ministrada pela artista visual e ativista indígena Yacunã Tuxá.
Gratuita, a atividade integra a programação preparatória da exposição individual inédita da artista, prevista para fevereiro de 2026, no mesmo espaço cultural.
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Realizada de forma contínua ao longo de quatro dias, sempre das 13h às 17h, a oficina é aberta ao público geral e direcionada a artistas visuais, educadores, agentes culturais, estudantes e interessados em arte urbana e culturas indígenas.
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As inscrições podem ser feitas por meio de formulário online no site da CAIXA Cultural, com vagas limitadas.
A proposta é uma imersão prática e reflexiva sobre a presença e a potência da arte indígena nas grandes cidades brasileiras. A partir de referências como muralismo, grafite e outras intervenções urbanas, Yacunã estimula reflexões sobre o espaço urbano como território simbólico, conectando arte a debates contemporâneos sobre clima, preservação dos territórios, visibilidade indígena e justiça socioambiental, temas em evidência no contexto da COP 30.
Durante os encontros, os participantes dialogam sobre narrativas historicamente invisibilizadas, formas de reencantar a cidade e novas maneiras de ocupar o espaço público por meio da arte. A
o final da oficina, o grupo desenvolverá coletivamente um pequeno mural, cujo desenho será resultado das reflexões construídas ao longo do processo.
Sobre a artista
Originária do povo Tuxá de Rodelas (BA), Yacunã Tuxá, nascida em Floresta (PE), é uma das vozes de destaque da arte indígena contemporânea no Brasil. Sua produção transita entre artes visuais, literatura, muralismo e curadoria, articulando memória, ancestralidade e política.
A artista já apresentou trabalhos em instituições como MASP, Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte do Rio e Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira.
Nos últimos anos, realizou projetos de grande relevância, como a curadoria da exposição itinerante HÃHÃW: Arte Indígena Antirracista, a ilustração do livro infantil Chapeuzinho Verde (2023), além da conquista do Prêmio Sim à Igualdade Racial (2024) e do Prêmio PIPA Online (2024).
Em 2025, assinou o maior mural vertical de Salvador, Somos Sementes, com 52 metros de altura, e lançou seu primeiro livro de poemas, “Da tua boca saem as palavras sementes”.
