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Ônibus da 1001 voltam a circular e greve é encerrada

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Ônibus da empresa 1001 voltaram a circular em São Luís após o repasse do subsídio e o fim da paralisação de 12 dias.

SÃO LUÍS — A circulação dos ônibus da empresa 1001 foi retomada nesta terça-feira (25) após 12 dias de paralisação, encerrando o risco de uma greve geral no sistema de transporte público da capital. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, garantiu que “nenhuma empresa agora tem paralisação”, indicando a normalização do serviço em toda a Grande São Luís.

A interrupção das atividades havia sido motivada por atrasos no pagamento de salários, benefícios e rescisões. Embora os trabalhadores desligados da 1001 ainda aguardem uma definição, que será tratada em audiência, os funcionários ativos retomaram suas funções e aguardam o pagamento do tíquete-alimentação.

O retorno só foi possível após a Prefeitura de São Luís realizar o repasse do subsídio ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), seguindo determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA). Com o pagamento liberado, o SET e suas consorciadas receberam prazo de 12 horas para quitar os atrasados — condição cumprida pelas empresas, o que levou ao fim da greve.

Expresso Marina já havia normalizado linhas

A Expresso Marina, que havia aderido parcialmente ao movimento, também voltou às operações após regularizar pendências financeiras com seus funcionários na quarta-feira (19). A empresa atende dezenas de bairros populares e regiões estratégicas, como Vila Cascavel, Cidade Operária, Socorrão da Rodoviária, São Francisco, Vila Vitória, Janaína e Cidade Olímpica — áreas que enfrentaram grande redução de frota durante o impasse.

População enfrentou longas esperas e recorrência a aplicativos

Ao longo dos 12 dias de paralisação, moradores de mais de 30 bairros enfrentaram longas filas e esperas nas paradas de ônibus. Com a redução de viagens e a sobrecarga em outras linhas, muitos usuários recorreram ao transporte por aplicativo, pagando mais caro para conseguir se deslocar pela capital.

Juntas, as empresas 1001 e Expresso Marina operam cerca de 270 veículos e são responsáveis por parte significativa da cobertura do transporte coletivo na região metropolitana. A normalização total é vista como alívio para milhares de passageiros que dependem do sistema diariamente.

Crise no transporte: Prefeitura x empresas

O SET confirmou que, após receber o subsídio referente ao mês de outubro, iniciou imediatamente o repasse às empresas para garantir o pagamento de salários e tíquetes dos colaboradores.

A Prefeitura de São Luís, por sua vez, afirma que já havia comunicado ao TRT-MA seu compromisso em cumprir a decisão judicial que determinava o repasse ao SET — e não diretamente aos trabalhadores, como chegou a solicitar.

A crise do transporte público na capital tem sido marcada por acusações de inadimplência, atraso no pagamento de subsídios e paralisações parciais da frota — cenário que tem provocado desgaste entre o Município e as empresas concessionárias.

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