A operação da PF (Polícia Federal) que investiga o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares pode comprometer os planos políticos do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante. Segundo informações apuradas pela analista de Política da CNN, Edilene Lopes, o deputado planejava concorrer à presidência da Casa em 2027.
Segundo a analista, antes mesmo de surgir a ideia de lançá-lo como candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, Sóstenes já trabalhava nos bastidores para fortalecer seu nome como possível presidente da Câmara ao final do primeiro biênio de Hugo Motta, atual mandatário. Ela diz que esta estratégia fazia parte de um planejamento maior do Partido Liberal, que busca aumentar sua representatividade no Congresso Nacional.
“Na verdade, no fim das contas, essa operação pode acabar frustrando o plano A e o plano B para Sóstenes Cavalcante. É o famoso acabou o milho, acabou a pipoca”, explicou Edilene Lopes. Segundo a analista, o plano do PL não se limita apenas a aumentar sua bancada, mas também eleger os presidentes das duas casas legislativas para facilitar a colocação de propostas em pauta, incluindo medidas contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
Ela explica que a operação realizada pela Polícia Federal pode enfraquecer significativamente a imagem política de Sóstenes, comprometendo não apenas suas ambições para a presidência da Câmara, mas também sua reeleição como deputado federal em 2026. Segundo ela, Luciano Zucco, que foi líder da oposição na Câmara durante o último ano, já sinalizou que o PL está preparando o terreno para ter outro candidato à presidência da Casa, indicando que o nome de Sóstenes Cavalcante começa a perder força dentro do próprio partido.
A analista ainda desta que, com as investigações em andamento, a situação política do atual líder do PL na Câmara pode se deteriorar nos próximos meses, impactando diretamente seus planos de ascensão na carreira política e a estratégia do partido para ampliar sua influência no Congresso Nacional.
