Um dia de operação da Polícia Federal em 14 estados e no Distrito Federal colocou o foco no deputado estadual do Maranhão, Edson Araújo (PSB). Nesta quinta-feira, 13, a Operação Sem Desconto cumpriu 63 mandados de busca e apreensão e de prisão, tendo o parlamentar como um dos alvos. A investigação apura a inserção de dados falsos no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As primeiras informações da PF indicam que a fraude no sistema da previdência teria sido facilitada por ações de gestores. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que assumiu o cargo em julho de 2023, foi preso durante a operação. Ele é investigado sob a suspeita de ter permitido os desvios durante sua gestão. Até o momento, não há confirmação sobre a prisão do deputado Edson Araújo. A defesa de Stefanutto não se manifestou.
O caso no INSS não é o único que envolve o deputado maranhense. Recentemente, ele foi denunciado pelo deputado federal Duarte Júnior (PSB), vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, por suposta ameaça. O fato teria ocorrido após Duarte Júnior fazer declarações sobre o envio de recursos da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura para Edson Araújo e seus assessores na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Conforme o relato de Duarte Júnior, a ameaça foi feita por meio de um aplicativo de mensagens. O parlamentar registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa da Câmara e solicitou escolta policial para si e para sua família ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A tensão entre os dois parlamentares deve chegar à CPMI do INSS. Para a sessão desta quinta-feira, estava prevista a votação de requerimentos que pedem a convocação de Edson Araújo para prestar depoimento na comissão.
