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A Polícia Federal desencadeou, nesta terça-feira (3), a Operação Dilapsio para investigar um esquema de corrupção que teria usado emendas Pix para desviar recursos federais destinados a obras públicas em municípios do Acre. Conforme as apurações, mais de R$ 3,38 milhões foram subtraídos por meio de fraudes envolvendo empresários e agentes públicos.
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Esquema usou emendas Pix para desviar milhões em obras no Acre, diz PF/Foto: Reprodução
A ação foi deflagrada no Acre, com cumprimento de mandados nos municípios de Senador Guiomard, Assis Brasil e Plácido de Castro, e conduzida em conjunto com a Controladoria-Geral da União no estado (CGU/AC). Segundo os órgãos, o grupo montou uma estrutura voltada a manipular contratações municipais, com licitações simuladas, editais direcionados e empresas previamente escolhidas para executar obras superfaturadas ou nunca realizadas.
As verbas desviadas tinham origem em emendas Pix — modalidade de repasse criada para permitir que recursos federais cheguem diretamente às prefeituras, com menos exigências burocráticas. De acordo com a PF, essa facilidade foi usada como porta de entrada para as irregularidades, possibilitando movimentação de valores sem controle prévio.
As investigações apontam que três empresas da construção civil estavam no centro das fraudes, que afetaram contratos nos municípios. Documentos revelam que as licitações serviam apenas como formalidade, já que os “vencedores” eram definidos antes mesmo da abertura dos processos.
A Justiça Federal autorizou o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Também houve sequestro de imóveis, bloqueio de veículos e retenção de valores equivalentes ao prejuízo estimado, que ultrapassa R$ 3,38 milhões.
A PF continua analisando o material apreendido para aprofundar as investigações sobre a participação dos envolvidos e o destino final dos recursos desviados.
