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O ouro subiu mais de 2% para um recorde histórico nesta segunda-feira (22), impulsionado pela busca por ativos seguros em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, enquanto a prata também atingiu um pico histórico.
O ouro à vista subiu 2,2%, para US$ 4.434,26 por onça (R$ 24.698,83), após atingir uma máxima histórica de US$ 4.441,92 (R$ 24.741,49) mais cedo. Os contratos futuros de ouro nos EUA para entrega em fevereiro fecharam em alta de 1,9%, a US$ 4.469,40 por onça (R$ 24.894,56).
“O suporte no curto prazo vem do aumento das tensões geopolíticas entre os EUA e a Venezuela… Os preços do ouro têm oscilado logo abaixo das máximas históricas nas últimas sessões, então isso parece ser uma simples quebra de tendência de alta após uma recente consolidação altista, em mercados com menor volume durante o feriado”, disse um analista da Nemo.Money. “O alvo óbvio para os investidores otimistas em relação ao ouro é de US$ 5.000 (R$ 27.850) no próximo ano.”
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um bloqueio de todos os petroleiros sujeitos a sanções que entram e saem da Venezuela.
Em outras notícias consideradas favoráveis ao ouro, Trump poderá nomear um novo presidente do Fed (Federal Reserve, o BC americano) no início de janeiro, substituindo Jerome Powell, que deve se aposentar em meados de 2026, informou a CNBC.
Os mercados acompanham atentamente a situação, em meio às expectativas de que o novo presidente possa se alinhar à pressão de Trump por novos cortes nas taxas de juros.
O ouro, como ativo de refúgio seguro, tende a prosperar em períodos de incerteza geopolítica e econômica. O metal valorizou-se mais de 69% neste ano, registrando sua maior alta anual desde 1979, impulsionado por fortes compras de bancos centrais, fluxos de capital em busca de segurança e taxas de juros mais baixas.
O preço da prata à vista subiu 1,9%, para US$ 68,40 por onça (R$ 381,19), após atingir uma nova máxima de US$ 69,44 (R$ 386,98). Os preços acumulam alta de mais de 136% neste ano.
Os fatores que impulsionaram as recentes altas da prata têm se concentrado no déficit persistente entre oferta e demanda e no aumento da demanda por importações na Índia durante o período festivo, disseram estrategistas da Macquarie, acrescentando que esperam que a prata atinja uma média de US$ 57 por onça (R$ 317,49) em 2026.
O dólar americano (.DXY) caiu ligeiramente em relação a uma cesta de outras moedas importantes, tornando o metal precioso cotado em dólares mais acessível para compradores estrangeiros.
A platina subiu 5,4%, para US$ 2.079 (R$ 11.580,03), atingindo seu maior valor em mais de 17 anos, enquanto o paládio avançou 2,1%, para US$ 1.748,84 (R$ 9.742,05), alcançando sua maior cotação em quase três anos.
