Com o Ibirapuera indisponível, o acanhado ginásio do Pacaembu, raramente utilizado em competições nacionais das principais modalidades esportivas, virou a opção possível para receber o Campeonato Mundial feminino de clubes de vôlei, nesta semana.
Com a Prefeitura de São Paulo arcando com os custos para a realização do evento do Brasil, a única opção na cidade era adaptar o Pacaembu ao caderno de encargos da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
A capacidade foi reduzida para 2 mil lugares para adequação de algumas áreas. Uma parte das arquibancadas de cimento recebeu cadeiras para virar um espaço VIP para convidados, autoridades e familiares de atletas.
Outros dois trechos das arquibancadas foram transformados em área de imprensa e espaço para o staff dos times acompanharem jogos dos adversários.
ENTRADA E DIVISÃO DO ESPAÇO
Sem lugar marcado, a ordem para o torcedor é chegar cedo e ficar na fila. O ginásio abre uma hora antes de cada sessão. Nesta terça-feira, duas horas antes da primeira partida, por volta das 8h, as filas já estavam formadas.
O ruim para quem chega cedo é ficar “refém” do clima, já que as pessoas não ficam protegidas por algum teto. Quem saiu de casa sem guarda-chuva ou capa se molhou antes de entrar no ginásio.
Dentro do ginásio, vários climatizadores foram instalados para minimizar o calor. Com um primeiro dia chuvoso em São Paulo, a temperatura estava até agradável. Nos treinos da véspera, porém, alguns times reclamaram do calor.
Com o fim da primeira sessão de partida, com a rodada dupla vencida por Dentil/Praia Clube e Conegliano, o Web Vôlei ouviu torcedores presentes no local.
A maior reclamação (e mais óbvia) foi sobre o tamanho do ginásio. Alguns citaram a falta de conforto, enquanto outros apontaram a visão ruim nas primeiras fileiras da arquibancada.
TETO, IMPRENSA E ALIMENTAÇÃO
A altura do teto do ginásio não foi um problema. Lances não precisaram ser paralisados por conta de toque da bola em alguma estrutura, como se vê em muitos ginásios do Brasil.
Com grande parte da estrutura interna feita de madeira, o teto não passa uma “boa impressão” a quem vê pela primeira vez. Mas também não compromete. Na primeira sessão do Mundial, mesmo com chuva constante, goteiras também não foram vistas.
Na área externa do Pacaembu, alguns foodtrucks, uma lanchonete e uma sorveteria famosa supriram a fome dos vôleifãs. Você come um misto quente por R$ 12, churros por R$ 20 e um hambúrguer a partir de R$ 35.
Por fim, a área de imprensa estava melhor do que eventos recentes, com a VNL no Rio de Janeiro e as finais da Superliga no Ibirapuera. Internet cabeada, wi-fi e espaço com o conforto necessário para trabalhar.
