Entre batinas, palcos e multidões, Padre Marcelo Rossi construiu uma trajetória singular no Brasil, equilibrando espiritualidade e comunicação de massa como poucos conseguiram. Convidado do Caldeirão com Mion – Especial de Natal, exibido neste sábado (20) a partir de Gramado, no Rio Grande do Sul, o sacerdote falou sobre o impacto de sua popularidade e sobre como lida com o rótulo de “pop star” da fé. Para ele, o alcance nunca foi um objetivo em si, mas uma consequência da missão assumida há três décadas.
Ordenado em 1994, Padre Marcelo Rossi encontrou na música uma ferramenta poderosa de evangelização poucos anos depois. Em 1998, lançou Músicas para Louvar ao Senhor, álbum que ultrapassou a marca de 3 milhões de cópias vendidas e transformou canções religiosas em sucessos nacionais. Ao longo da carreira, ele reuniu 24 CDs e números expressivos: mais de 18 milhões de discos comercializados. Mesmo diante desse fenômeno, o sacerdote afirma manter vigilância constante sobre o ego. “Trabalho no meu coração uma frase: ‘quem se acha não é achado por Deus’”, declarou ao refletir sobre vaidade e fé, justamente no ano em que celebra o Jubileu de Pérola, marcando 30 anos de sacerdócio.
Fé, música e encontros improváveis
A busca pela simplicidade, segundo ele, é diária. “Então, peço sempre a Deus isso: pureza, humildade e o amor por Ele, genuíno”, afirmou, completando com bom humor ao falar de sua presença marcante no palco: “Quando você tem esse enfoque, sabe que é apenas uma formiguinha de Jesus, apesar do tamanho”. Durante as gravações em Gramado, no Lago Negro, foi um dos nomes mais disputados pelo público, cantou seus principais sucessos e dividiu o palco com Guilherme e Benuto, reforçando sua facilidade em transitar por diferentes universos musicais.
Ao relembrar momentos simbólicos da carreira, Padre Marcelo Rossi destacou o DVD Paz Sim, Violência Não, gravado no Autódromo de Interlagos, como um divisor de águas. “Consegui fazer uma coisa que Deus me ajudou: a saudosa Hebe Camargo, Xuxa e Ivete Sangal., cantando juntas”, recordou. Para ele, aquele encontro representou mais do que fama: foi a prova de que a música pode unir pessoas, emissoras e histórias em torno de uma mesma mensagem de fé e esperança.
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