A família de um adolescente britânico de 16 anos entrou com um processo contra a Meta, empresa de Mark Zuckerberg, responsabilizando a plataforma pela morte do jovem. O caso, revelado pelo jornal The Guardian, é tratado como um marco jurídico no Reino Unido e coloca em xeque a segurança de menores nas redes sociais.
O jovem tirou a própria vida em dezembro de 2023, após ser vítima de “sextortion” (extorsão sexual) no Instagram. De acordo com a investigação, criminosos se passaram por uma garota da mesma idade para obter imagens íntimas do adolescente e, em seguida, passaram a exigir dinheiro sob ameaças de exposição.
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Falhas no design e prioridade ao engajamento
A ação judicial, protocolada em Delaware (EUA), sustenta que a tragédia foi um desfecho previsível de decisões de design da Meta. Os pais acusam a empresa de:
- O sistema de recomendação teria conectado o jovem a perfis suspeitos já monitorados internamente.
- A acusação afirma que a Meta priorizou o crescimento da rede em detrimento da segurança de usuários vulneráveis.
- Embora a Meta alegue ter restrito interações entre adultos e menores, o processo argumenta que as barreiras são tardias e ineficazes.
O processo também representa a família de um garoto de 13 anos, que morreu em circunstâncias semelhantes após sofrer o mesmo tipo de golpe.
O avanço global da extorsão sexual digital
A reportagem destaca que a extorsão sexual digital cresceu de forma alarmante em países como o Reino Unido, EUA e Austrália. O alvo principal são jovens do sexo masculino, abordados por grupos criminosos internacionais que exploram a fragilidade emocional de adolescentes.
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Para os pais do jovem britânico, a batalha judicial busca expor falhas estruturais que continuam expondo milhões de menores ao risco.
A Meta afirma que vem adotando medidas de segurança, como restringir interações com contas suspeitas e limitar o acesso de adultos a perfis de adolescentes.
Como se proteger e buscar ajuda
Casos de extorsão digital devem ser denunciados imediatamente às autoridades policiais. Organizações de segurança digital recomendam que pais monitorem configurações de privacidade e orientem jovens a nunca compartilhar imagens íntimas com desconhecidos, independentemente da identidade alegada.
