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Papa: a paz é o dever que une a humanidade na busca comum pela justiça

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Esperança, diálogo e paz foram os três pontos abordados pelo Papa Leão XIV no encontro com os Diplomatas Italianos por ocasião do seu Jubileu neste sábado, 13 de dezembro, no Vaticano: “em um contexto internacional marcado por abusos e conflitos, lembramos que o oposto do diálogo não é o silêncio, mas a ofensa”. “Quem se cansa de dialogar, cansa-se de esperar pela paz”.

Vatican News

Na manhã deste sábado(13/12) o Papa Leão XIV recebeu os participantes do Jubileu da Diplomacia Italiana. Logo no início o Papa recordou que a presença deles neste encontro permite partilhar a esperança que se leva no coração e que se deseja testemunhar ao próximo. “Esta virtude”, disse, “não diz respeito a um desejo confuso de coisas incertas, mas é o nome que a vontade assume quando tende firmemente para o bem e para a justiça que sente falta”.

Quem tem esperança busca sempre o diálogo

Em seguida o Papa Leão disse que a esperança assume um significado precioso para o serviço diplomático pois “quem realmente tem esperança busca e apoia sempre o diálogo entre as partes, confiando na compreensão mútua, mesmo diante de dificuldades e tensões”. Complementando disse o quanto seja significativo que pactos e tratados sejam selados por um acordo, explicando: “essa proximidade do coração – ad cor – expressa a sinceridade dos gestos, como uma assinatura ou um aperto de mão, que de outra forma seriam reduzidos a formalidades processuais”.

No diálogo, as relações fundamentais da nossa existência

O Papa deu o exemplo de Jesus, “cujo testemunho de reconciliação e paz brilha como esperança para todos os povos. Em nome do Pai, o Filho fala com a força do Espírito Santo, realizando o diálogo de Deus com os homens”. Sobre essa importância do diálogo, continuou: “Todos nós, feitos à imagem de Deus, experimentamos no diálogo, ouvindo e falando, as relações fundamentais da nossa existência”. “Em um clima multiétnico”, frisou o Pontífice, “torna-se então indispensável cuidar do diálogo, promovendo a compreensão mútua e intercultural como sinal de acolhimento, integração e fraternidade. Em nível internacional, esse mesmo estilo pode trazer frutos de cooperação e paz, desde que perseveremos em educar nossa maneira de falar”.

O cristão é sempre um homem da Palavra

Quando afirmamos que uma pessoa é honesta, dizemos que ela é “de palavra”, explicou o Papa, “porque a mantém como sinal de constância e fidelidade, sem mudar de opinião”. Em particular, disse ainda Leão, “o cristão é sempre um homem da Palavra: aquela que ouve de Deus, antes de tudo, correspondendo em oração ao seu apelo paterno”. Através do nosso batismo é abençoado o sentido através do qual recebemos “as primeiras palavras de afeto e os elementos culturais indispensáveis que sustentam a nossa vida, na família e na sociedade”.

O oposto do diálogo não é o silêncio, mas a ofensa

“Ser cristãos autênticos e cidadãos honestos”, ponderou ainda, “significa compartilhar um vocabulário capaz de dizer as coisas como elas são, sem duplicidade, cultivando a concórdia entre as pessoas. Portanto, é nosso e seu compromisso, especialmente como Embaixadores, sempre promover o diálogo e restabelecê-lo, caso ele seja interrompido”. “Em um contexto internacional marcado por abusos e conflitos, lembramos que o oposto do diálogo não é o silêncio, mas a ofensa”.

Quem se cansa de dialogar, cansa-se de esperar pela paz

Por fim, o Pontífice concluiu seu discurso afirmando: “Comprometamo-nos com esperança a desarmar proclamações e discursos, cuidando não só da beleza e da precisão, mas acima de tudo da honestidade e da prudência. Quem sabe o que dizer não precisa de muitas palavras, mas apenas das certas”. “Quem se cansa de dialogar, cansa-se de esperar pela paz”.

Nunca mais a guerra!

Concluindo o Papa citou Paulo VI em seu discurso na ONU em 1965 quando afirmou com veemência: “Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! É a paz, a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade!”. “Sim, disse o Papa Leão, “a paz é o dever que une a humanidade em uma busca comum pela justiça”.

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